Escalada do terror | Boqnews

Opiniões

11 DE OUTUBRO DE 2023

Escalada do terror

Por: Humberto Challoub

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O ataque terrorista promovido pelo grupo Hamas contra Israel, que resultou na morte de centenas de civis, revelou o grau de selvageria e repulsa à vida humana e, por isso, em hipótese alguma pode ser justificado ou contemporizado.

Diante desse triste episódio torna-se compreensível a reação das forças israelenses em agir para combater sem trégua o terrorismo, de forma a eliminar as células instaladas dentro da Faixa de Gaza, com consequências imprevisíveis.

É de se lamentar que neste cenário de guerra muitas vítimas inocentes em Israel e residentes palestinos não identificados com o grupo terrorista venham a sofrer com a perda, de forma horrenda, de amigos e familiares.

Mesmo que o atual estágio do conflito ainda não permita qualquer tentativa de diálogo para conter o ímpeto da destruição, uma vez que ataques maciços contínuos têm sido realizados de ambas as partes, é preciso insistir no estabelecimento de mecanismos de proteção às populações civis, com a criação de corredores para ingresso de suprimentos básicos e à facilitação para a saída das zonas de guerra.

Nesse sentido, torna-se fundamental a ajuda dos países, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), no estabelecimento de ações humanitárias para evitar, ao máximo, que a escalada da guerra assuma proporções ainda maiores e nunca antes vistas.

Ao Governo brasileiro, por sua vez, cabe, além de tornar clara a posição do País de repulsa e condenação do Hamas, por meio de sua qualificação como grupo terrorista, auxiliar na busca de mecanismos para o entendimento nas relações entre israelenses e palestinos, a partir das experiência pacífica existente no Brasil, onde as duas grandes colônias de imigrantes árabes e judeus mantêm convívio harmonioso.

A história revela inúmeros exemplos de que não há vitoriosos nas guerras, mas apenas desgraça, terror e destruição.

Da mesma forma, o ataque terrorista ora promovido pelo Hamas deve servir de alerta para expansão e organização de grupos criminosos dessa natureza em outros países, inclusive em território brasileiro onde se verifica o crescimento de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

A medida que são fortalecidos com recursos, principalmente oriundos do tráfico de drogas, conquistam cada vez mais territórios em áreas periféricas das cidades com a utilização de armamentos e estruturas compatíveis com arsenais de guerra.

A maioria dos povos desejam a paz e quer viver em ambientes seguros e solidários, por isso não havemos aceitar que minorias radicais subjuguem nações com a promoção de atos de terror e com total desprezo aos valores humanos.

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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