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Opiniões

23 DE JULHO DE 2018

FESTA DE BICÕES

Por: Da Redação

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Cazuza deixou gravado na história a canção “Brasil, mostra a tua cara”. É um protesto aos escândalos políticos e às injustiças no país. Sua música-manifesto dos anos 1980 conclama: “Brasil, mostra a tua cara /Quero ver quem paga /Pra gente ficar assim”.

A música foi composta exatamente no período de transição da ditadura para o regime democrático e faz uma crítica ao congresso, que dava sustentação ao processo de “cala boca” ao povo, já que este não teve nenhuma participação na escolha do presidente.

E a “festa pobre” a que Cazuza se referia na canção ainda continua, e, mesmo com o povo brasileiro sendo o verdadeiro anfitrião, até hoje ele segue sem poder dar palpite nenhum sobre como o rega-bofe deve ser conduzido. Enquanto isso, as mordomias para os “penetras” seguem a todo vapor.

MORDOMIAS

Exemplos não faltam aqui. As despesas com seguranças, assessores, diárias, passagens, carros oficiais e cartões corporativos de ex-presidentes da República já passaram dos R$ 36 milhões. O maior gasto em um ano foi feito por Dilma Rousseff (PT) em 2017 – R$ 1,4 milhão.

Os 513 deputados federais (estaduais e vereadores idem) fazem parte de um seleto grupo muito bem remunerado no Brasil. Consideradas as principais verbas a que têm direito, cada parlamentar pode receber sozinho até R$ 83.628,53 por mês. Somado à verba para custear os funcionários de seu gabinete, o político pode custar mensalmente até R$ 180.744,66 aos cofres públicos brasileiros.

A política brasileira nos dá exemplos a todo momento dessa festa com dinheiro alheio. Candidatos com mandato e que irão disputar eleições este ano ainda tem tempo de engordar o seu patrimônio eleitoral e de seus amigos e parentes, empregando irmão, sogro, cunhado, primo, com gordos salários em alto escalão sem qualquer competência para ocupar cargos públicos, e custando alto para o erário público.

MODELO

Enquanto no Brasil os deputados moram em grandes apartamentos funcionais, na Suécia os parlamentares se acomodam em quitinetes de até 40 metros quadrados e tem que lavar a própria roupa e cozinhar. Lá não têm telefone, tv a cabo, funcionários ou carros pagos pelo contribuinte. Eles vão a pé ou de bicicleta para o Parlamento. O mesmo acontece com os juízes, que ganham salário similar ao que ganham os professores e não tem auxílio moradia ou auxílio alimentação.

O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, de forma austera, anunciou 50 ações — entre elas, reduzir seu salário em 60%, corte de milhares de cargo no alto escalão e proibir vôos em aviões e helicópteros particulares — para combater a corrupção e pôr fim aos excessos da burocracia do governo.

Que os nossos futuros governantes sigam esse exemplo e a nossa população aprenda a dar um basta nessa velhacaria que afunda cada vez mais o país!

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