Inspiração a Dali

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O pintor catalão Salvador Dali, ícone da proficiência na arte de produzir cenas surreais, com certeza encontraria na política brasileira uma expressiva fonte de inspiração. Afinal, é um dos poucos lugares do mundo – se não o único – onde deputados são mantidos no cargo mesmo que condenados por crimes comprovados e utilizam o camburão da polícia como meio de transporte. Aqui, literalmente, o Congresso Federal também é lugar de bandido.

É também por aqui onde políticos condenados por corrupção ocupam comissões parlamentares de Justiça, homofóbicos presidem comissões de Direitos Humanos e ministros da Corte Suprema lamentam terem que exercer a função para fazer valer o fiel cumprimento das leis. Realmente, se ainda estivesse vivo, Dali teria em terras brasilis uma fonte de inspiração inesgotável e de valor artístico inestimável.   

Com relação à nota publicada na última edição, sob título Sem amarras, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) esclareceu que os serviços de atracação de embarcações no Porto de Santos estão sendo realizados de forma regular, sem qualquer prejuízo às operações portuárias, “não sendo procedentes as informações de que navios demoram de dois a três dias para efetivar a atracação devido a falta de profissionais para efetuar as amarras das embarcações no cais”.

O estado de normalidade indicado pela Codesp, no entanto, não é compartilhado pelas empresas que operam no Porto. Em recente ofício encaminhado ao superintendente de logística integrada da estatal, Osvaldo Freitas Vale Barbosa, o Sindicato dos Operadores Portuários de São Paulo chama a atenção para os problemas gerados pela “falta de mão de obra para atracação e desatracação dos navios”.  

A notificação do sindicato foi motivada por uma ocorrência envolvendo a Copersucar, em julho último, impedida de desatracar um navio que operava em seu terminal em razão da falta de amarradores fato que, segundo a empresa, iria acarretar “elevados prejuízos”. 

A vereadora santista Fernanda Vannucci (PPS) não ficou satisfeita com o resultado da audiência pública de sua iniciativa que visou apurar responsabilidades sobre os danos arquitetônicos (trincas e rachaduras) verificados no Santuário Santo Antônio do Valongo. Para ela, não é possível aceitar a ideia de que a falta de conservação ocasionou os problemas.

Representadas na audiência, a Petrobras, que constrói sua sede nas proximidades, e a Associação dos Caminhoneiros, isentaram-se de possíveis culpas alegando, respectivamente, o uso de tecnologias de baixo impacto na obra e a interrupção do tráfego no local desde 1999. A AMA Brasil, responsável pelas obras do Museu Pelé, por meio de ofício, alegou também não ter ocasionado qualquer tipo de prejuízo tendo em vista que os trabalhos de fundação foram concluídos há mais de três anos.

Diante da não identificação das causas do problema, Fernanda pretende dar prosseguimento à discussão, por entender que é preciso responsabilizar a quem de direito para que a Igreja seja restaurada e que seja dada mais atenção aos impactos gerados pelas novas construções que deverão ocorrer ao redor do Santuário.

O vereador Zequinha Teixeira (PRP) apresentou projeto de lei que cria a Ouvidoria Parlamentar na Câmara de Santos, com o objetivo de estabelecer maior acesso e transparência ao munícipe santista. Trata-se de uma boa iniciativa. Resta saber quem suportará permanecer na função, tendo em vista o atual momento político nacional

Imbuído do espírito metropolitano, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (foto), propôs na reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista – Condesb, realizada na última semana, em Cubatão, a implantação de usina de lixo regional, uma solução moderna e eficaz para a destinação dos resíduos sólidos, que hoje são lançados em lixões ou aterros sanitários.

Entusiasta da ideia, Mourão foi além: ofereceu uma área em Praia Grande para abrigar a futura usina. No seu entender, as cidades da Baixada não podem mais gastar milhões com o transporte de detritos orgânicos e continuar contribuindo com a emissão de monóxido de carbono, uma vez que o uso de usinas é rentável e gera energia limpa.

O Jornal Enfoque, no ar a partir das 8h05 na Santa Cecília TV, terá na segunda (2) a participação do Coordenador do Núcleo Avançado da Associação para Colaboração entre Portos e Cidades da Unisanta (Rete), Adilson Luiz Gonçalves; e a jornalista Fernanda Pires, do jornal Valor Econômico.