Efeitos colaterais I
O elevado número de pessoas que ainda não fizeram a biometria nos cartórios eleitorais pode ter reflexos significativos nas próximas eleições municipais, conforme reportagem publicada por este semanário na semana passada.
Na Baixada Santista, são 893,5 mil eleitores que até maio passado não tinham alterado o título eleitoral.
Efeitos colaterais II
Eleitores de quatro das nove cidades têm até 19 de dezembro para fazê-lo: Itanhaém, Cubatão, Mongaguá e Peruíbe.
São quase 158 mil pessoas que precisam comparecer aos cartórios para não perder a validade do título.
Efeitos colaterais III
Os eleitores das demais cidades, como Santos, deverão fazê-lo até maio de 2020.
Se nada mudar até lá.
Só na Cidade são cerca de 224 mil pessoas. Assim, faltariam 10 meses, totalizando, em média, 220 dias úteis (2ª a 6ª feira).
Ou seja, na prática, para todos se cadastrarem, os três cartórios precisam atender diariamente cerca de mil pessoas.

Biometria é obrigatória para todas os eleitores, incluindo aqueles com mais de 70 anos, que já não são mais obrigados a votar
Efeitos colaterais IV
Como as filas serão intermináveis, muitos desistirão.
E assim, não votarão em outubro de 2020.
Sinal de alerta
Porém, aí é onde mora o perigo.
Afinal, dependendo do total de pessoas que desistirão de fazer a biometria neste primeiro momento, isso terá um reflexo significativo no quociente eleitoral, atrapalhando os planos e previsões dos candidatos.
Pacto pelo emprego I
Na contramão do próprio País, com geração – ainda que tímida – de 32 mil empregos em maio, a Baixada Santista perdeu quase 2 mil vagas desde o início deste ano – equivalente a 60% do total de empregos positivos criados no ano passado.
Santos, por exemplo, registrou 21.228 admissões contra 22.022 demissões. Saldo negativo de 794 vagas. Até agora.
Pacto pelo emprego II
Urge a necessidade dos prefeitos, deputados, vereadores, via Condesb – Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista, além da Agem – Agência Metropolitana da Baixada Santista, e outros segmentos sociais e econômicos unirem esforços para atrair investimentos e empregos à região.
Não saem do papel
É triste saber que há anos ouvimos falar de projetos que nunca saíram do papel.
Alguns bons, outros nem tanto.
No momento, estão na pauta o futuro aeroporto em Guarujá, trem turístico da Capital ao Valongo, a ligação seca com a ponte entre Santos-ilha ao continente, o complexo empresarial Andaraguá (foto), em Praia Grande, apenas para citar alguns.
Enquanto no interior, as obras avançam, aqui tudo fica empacado.
Exemplo
Um caso recente ocorre entre a nova direção da Codesp e o governador João Doria a respeito da ponte a ser construída pela Ecovias.
A alegação da empresa é risível, ao citar que a obra prejudicaria a circulação de grandes embarcações e a expansão do porto em direção à área continental de Santos e Cubatão.
Ora, se este é o problema, as pontes móveis, que seriam usadas apenas quando da passagem de navios cuja altura supere ao arco central da obra, são alternativas concretas.
Por que parou?
Por qual razão desapareceu o programa Guardião Cidadão – que atuava com jovens em situação de vulnerabilidade social – da Prefeitura?
Dessa forma, em uma década do projeto, foram 1.345 moças e rapazes beneficiados, segundo o último texto no site da prefeitura em 2016.
Portanto, esquecem os criativos gestores que a iniciativa gerava renda e dava oportunidade do primeiro emprego à faixa etária mais atingida pelo desemprego.
Assim, se falhas existiam, era melhor corrigi-las do que acabar com o programa social.
Perguntar não ofende…
Alguém…
consegue carregar sozinho 39 quilos de cocaína, como ocorreu com o militar preso na Espanha que atuava na comitiva presidencial?
Frase para refletir
“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida.
Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.”
Nelson Rodrigues
escritor, jornalista e dramaturgo
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