Novos paradigmas ambientais | Boqnews

Opiniões

14 DE NOVEMBRO DE 2025

Novos paradigmas ambientais

Humberto Challoub 

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

A medida que avançam as negociações na COP 30, fica cada vez mais evidente que dificilmente os objetivos almejados para o evento, especialmente os que dizem respeito às metas de financiamento dos projetos de combate às mudanças climáticas, serão alcançados.

Esvaziada pelo pela ausência das principais lideranças mundiais e pelo ceticismo resultante do não cumprimentos dos acordos estabelecidos em edições anteriores, a COP de Belém deverá colocar fim à ideia de que os desafios ambientais impostos pelo aquecimento global serão superados com recursos e a cooperação das nações ricas.

O novo contexto geopolítico e o crescimento das correntes políticas negacionistas – associado à justa ambição de desenvolvimento das nações mais pobres -, indicam que dificilmente será possível integrar esforços em torno de objetivos comuns.

Portanto, fica evidente que a partir de agora novos modelos de parcerias deverão ser estabelecidos, por meio de iniciativas bilaterais e agrupamentos regionais.

Nesse contexto, o Brasil pode se valer de sua liderança nesse campo, com o compartilhamento das experiências adquiridas e pela transferência de tecnologias próprias desenvolvidas ao longo das últimas décadas.

Da mesma forma, o País deve priorizar projetos voltados à transição energética e à recuperação de áreas degradadas, fazendo uso adequado dos recursos naturais existentes em seu território.

Nesse contexto, não há como desprezar as possibilidades oferecidas pela exploração de novas regiões petrolíferas existentes no País.

É preciso admitir que o petróleo continuará sendo, por um bom tempo, a principal fonte para geração de energia de inúmeras nações que ainda não dispõem de tecnologias adequadas e alternativas viáveis para a substituir totalmente os combustíveis fósseis.

Isso dá ao Brasil a possibilidade de ampliar a possibilidade de assegurar recursos para atendimento de demandas sociais e para o financiamento de modernas tecnologias que venham, em um futuro próximo, substituir totalmente o uso do petróleo e seus derivados.

Mais do que adotar retóricas ufanistas ou apocalípticas, que invariavelmente têm permeado os debates sobre a questão ambiental, é preciso formar conceitos para a tomada de decisões coerentes e adequadas aos reais interesses da sociedade brasileira e à salvaguarda do planeta.

Espera-se, assim, que desta feita as oportunidades sejam aproveitadas de forma a evitar os erros do passado e permitir que a riqueza produzida em solo brasileiro beneficie efetivamente as populações menos favorecidas.

 

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.