Todos os brasileiros devem se orgulhar da Universidade de São Paulo, a nossa USP. Ela está entre as cem melhores do mundo. Pela primeira vez o Brasil consegue essa façanha.
Embora “filho da PUC”, na verdade a PUCCAMP, fiz minha graduação na USP.
Tanto mestrado como doutorado, com o privilégio de ter sido orientado pelo notável constitucionalista professor doutor Manoel Gonçalves Ferreira Filho.
E continuo privilegiado, por integrar o Conselho Consultivo da USP, recentemente reconduzido pelo magnífico reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior.
Em recente reunião do Conselho, na Reitoria da USP, fiquei impressionado com o projeto de inovação, que agora conta com um pró-reitor adjunto de Inovação, o prof. Dr. Raúl González Lima.
A proposta é ambiciosa e abrangente, envolvendo estratégias da inovação em todo o ecossistema USP.
Houve definição clara dos modelos, das métricas e dos indicadores.
Inovar é a palavra de ordem no mundo que é hoje do conhecimento.
A educação formal nunca permitiu que os educandos fossem criativos, pois não se cuidava de preparar uma consciência crítica.
A prioridade era transmitir informações, que seriam repetidas pelo aluno, quando solicitado a fazê-lo.
A Pró-Reitoria de Inovação tem consciência de que inovar envolve um processo complexo, que depende de contínuo e crescente investimento, não só traduzido em recursos financeiros, mas, principalmente, no influxo de ideias.
A USP tem todas as condições para se destacar nessa área da qual depende a concretização dos anseios brasileiros.
Já possui uma infraestrutura com Polos da Agências de InovaUSP, incubadoras das melhores ideias.
Em contraposição com o dispêndio nacional em pesquisa, em queda desde 2013.
Os desafios postos pela avaliação externa de 2022 são a falta de infraestrutura adequada para proteger a propriedade intelectual, a ausência de cultura empreendedora, a falta de mecanismos eficientes de transferência de tecnologia, a falta de parcerias com o setor privado e firmas interessadas, a burocracia, a pouca prática na interdisciplinaridade. Mas tudo isso é perfeitamente administrável com a visão holística dos que respondem por uma área que agora é tratada com real empenho e reconhecido entusiasmo.
José Renato Nalini é diretor-Geral da Uniregistral, docente da pós-graduação da Uninove e secretário-geral da Academia Paulista de Letras.
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