Em 2 de outubro, o País celebra a democracia com as eleições gerais para presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual ou distrital.
No caso da Presidência da República e do Governo do Estado, poderá haver segundo turno, que está marcado para o dia 30 de outubro.
O segundo turno só acontece quando um candidato ultrapassa a marca dos 50% dos votos válidos mais um.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 156 milhões de eleitores estão aptos a exercer o papel democrático.
Deste total, mais de 118 milhões têm o cadastro biométrico.
Porém, o eleitor que ainda não tem o cadastro não será impedido de votar, conforme o esclarecimento do TSE.
No início do ano, muitas mensagens falsas se espalharam dizendo que o eleitor sem cadastro biométrico não poderia votar.
Vale lembrar que por conta da pandemia da Covid-19, o cadastro biométrico foi suspenso em todo o Brasil como forma de prevenção ao contágio, uma vez que a coleta das digitais só pode ser feita presencialmente
Perfil
Conforme informações do TSE, mais de 82 milhões de mulheres poderão votar nas eleições, o que representa um total de 53%. Já os homens, somam 47%, com mais de 74 milhões.
Em relação à faixa etária, o maior número de eleitores tem entre 45 a 59 anos.
O grupo é responsável por quase 25% do total de eleitores. O menor grupo é dos jovens com 16 anos que somam 0,52%.
Entretanto, vale pontuar que os jovens de 16 e 17 anos não têm o voto obrigatório. Mas eles querem votar. Afinal, o TSE registrou um aumento em 2022 no número de títulos eleitorais nesta idade.
Somando os jovens com 16 e 17 anos, foram mais 2,1 milhões de eleitores, algo que pode ser determinante na disputa para a Presidência da República. A história mostra que o Brasil já teve eleições bem acirradas.
Em 2014, por exemplo, a então presidente Dilma Roussef (PT) conseguiu a reeleição no segundo com turno com 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% de Aécio Neves (PSDB). A diferença foi de pouco mais de 3 milhões de votos.
Faixa etária (eleitores que moram no Brasil) – dados TSE
16 anos – 0,52 % – 814.372
17 anos – 0,84 % – 1.300.574
18 a 20 anos – 4,51 % – 7.024.963
21 a 24 anos – 7,89 % – 12.282.141
25 a 34 anos – 20,12 % – 31.343.785
35 a 44 anos – 20,55 % – 32.008.931
45 a 59 anos – 24,51 % – 38.173.689
60 a 69 anos – 11,51 % – 17.935.256
70 a 79 anos – 6,24 % – 9.725.630
Superior a 79 anos – 3,30 % – 5.145.605
Escolaridade – dados TSE
Os dados do TSE mostram que o País ainda enfrenta uma série de problemas em relação a educação. Para se ter uma ideia, apenas 10,95% do eleitorado tem o Ensino Superior Completo.
Certamente, o dado mais impactante é que 4,05% das pessoas são analfabetas, ou seja, mais de 6 milhões.
Em termos comparativos é como se fosse quase duas vezes o tamanho da população do Uruguai. O percentual de quem apenas lê e escreve chega a 7,16%, 11 milhões do eleitorado.
Vale lembrar que a evasão escolar é um dos principais desafios nos próximos anos, já que com a pandemia, muitos alunos deixaram de estudar e tiveram impactos para o futuro.
Grau de escolaridade
Médio Completo: 26,31% – 41.161.552
Fundamental Incompleto: 22,97% – 35.930.401
Médio Incompleto: 16,65% – 26.049.309
Superior Completo: 10,95% – 17.127.128
Lê e Escreve: 7,16% – 11.206.893
Fundamental Completo: 6,52% – 10.197.034
Superior Incompleto: 5,38% – 8.409.644
Analfabeto: 4,05% – 6.339.894
Não Informado: 0,02% – 32.156
Estado civil
Dos eleitores que residem no Brasil, mais da metade está solteira, somando assim 58,75% , quase 92 milhões.
Em relação aos casados, este índice caiu para 33,21%, quase 52 milhões. Já 3,86% dos eleitores são divorciados e 1,03% são separados judicialmente.
Todos os dados estão disponíveis do Portal do TSE. O perfil do eleitorado é determinante para decidir uma eleição, já que a população tem uma tendência de voto, conforme a faixa etária, gênero, religião e outros temas.