Diante da iminência da construção de uma nova Vila Belmiro, o Santos mandará algumas de suas partidas nesta temporada no Canindé, a casa da Portuguesa de Desportos.
A estreia do Alvinegro Praiano no estádio será neste sábado, contra a Ferroviária, às 18h30 (de Brasília), pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Desse modo, quem chega no Canindé para acompanhar um jogo de futebol logo se depara com a decadência do bairro.
No entanto, a rua Azurita, um dos pontos de acesso ao estádio pela Marginal Tietê, está em obras.
Sendo assim, ao lado do estádio há um condomínio de prédios sendo construído, o que implica em uma intensa movimentação de operários, pedras e pedaços de ferro espalhados pelo chão e muita sujeira no caminho destinado aos torcedores.
Problemas
Na calçada do terreno da Portuguesa há tampas de bueiro quebradas e lixo disposto nos arredores do estádio, o que dificulta o acesso aos portões de entrada, sobretudo para pessoas com restrições de mobilidade.
É possível notar que, assim como em outras diversas regiões da capital paulista, os muros do Canindé servem de abrigo para pessoas em situação de rua se protegerem do vento e da chuva. Como consequência disso, há roupas usadas e restos de comida no chão. O cheiro não é nada agradável.
Em crise financeira, a Portuguesa informou que aluga algumas partes de seu terreno para os mais variados tipos de evento.
Sendo assim, ao lado da rua Azurita há um espaço destinado à Feirinha da Madrugada.
Perto do setor das cadeiras numeradas, uma grande estrutura está sendo montada para a realização de um festival.
Desde o ano passado, o Santos se prepara para derrubar a Vila Belmiro e construir uma nova arena no local.
Contudo, o clube trabalha nos bastidores para conseguir as autorizações da prefeitura de Santos e abrir o diálogo com as associações de moradores do bairro.
A expectativa é de que, depois de iniciada, a obra leve até dois anos para ser concluída.
Em meio a isso, o Peixe se adiantou e fechou uma parceria com a Portuguesa para mandar seus jogos no Canindé.