A torcida santista tinha muitas esperanças na equipe que disputava a Copa São Paulo. Afinal, o time estava em uma ascendente, e vinha com seu principal astro, o atacante Neymar, evoluindo a cada jogo. No entanto, junto com a forte chuva que caiu em São José do Rio Preto, cidade que acolheu o Peixe ao longo da competição, caiu também o Santos, frente ao forte Cruzeiro, de virada, com um gol no finalzinho da partida. Em uma das melhores partidas da competição, os alvinegros perderam para os mineiros, por 2 a 1, e disseram adeus à Copinha.
O jogo começou bem para os santistas, que dominavam até com tranqüilidade o time celeste, ainda que jogadores como André e Denis, que fizeram ótimas partidas até então, não estivessem em seu melhor dia. Neymar, por sua vez, buscou comprovar sua ascensão no campeonato e, aos 10 minutos, deu o primeiro passo para o gol alvinegro, ao invadir a área cruzeirense e ser derrubado. Batedor oficial, o volante Serginho chutou firme, fazendo 1 a 0 para o Santos.
Dali em diante, o Cruzeiro se encontrou em campo e engrossou a partida, embora seu destaque ofensivo, Dudu, não fizesse bela atuação. No entanto, foi dele que saiu o lance que originaria o empate mineiro, aos 20 minutos. Dentro da área, Dudu foi derrubado por Tiago Lopes. Quem bateu foi o volante Bernardo, principal jogador da Copinha até o momento, e que acertou uma bola indefensável para o goleiro Rafael, empatando o marcador.
O gol mineiro deixou a partida mais disputada, embora centrada nas disputas de meio-campo. Mas as atenções começavam a girar no principal duelo particular do confronto, entre Neymar e Bernardo, que, àquela altura, estava empatado, já que, enquanto um sofrera um pênalti, o outro converteu o que lhe foi propiciado. E ao longo da primeira etapa, ambos sofreram com a forte marcação adversária, e não criaram muito.
No segundo tempo, no entanto, o cruzeirense se soltou, ajudando tanto na marcação quanto na organização. Neymar, por sua vez, embora objetivo, não conseguia emplacar suas melhores jogadas. Para piorar, Denis e André não faziam boa partida. Nem Alan Patrick, que, logo após ser substituído por Renanzinho, viu o reserva quase fazer o segundo tento santista, em belo chute na saída do goleiro Douglas Borges, que o lateral esquerdo Diego Renan salvou em cima da linha, aos 11 minutos.
Em seguida, desabou uma forte chuva e, da mesma maneira, a resistência santista. Embora pressionasse mais que o time celeste, o Alvinegro Praiano não conseguia conferir as chances em gols, tais como as de Neymar, que após limpar dois zagueiros, chutou forte para fora, aos 21 minutos; e a de Anderson Carvalho, que depois de jogada do lateral direito reserva Choco, aos 33 minutos, também arrematou com força, para boa defesa de Douglas Borges.
E com a chuva apertando cada vez mais, qualquer lance de bola parada poderia ser fatal, especialmente quando cobrado por um jogador cuja marca registrada na competição, além da marcação e da habilidade com a bola em sua posse, é a precisão de seus chutes de falta. Aos 41 minutos, Bernardo bateu o tiro livre de longe, com força. A bola, já com alta velocidade, resvalou no gramado e, molhada, acelerou e enganou o goleiro Rafael, que já havia caído com antecipação. Virada cruzeirense em São José do Rio Preto.
O Santos chegou a pressionar no final, mas já era tarde. Mais uma vez, o Peixe fica pelo caminho em sua luta pelo bicampeonato da Copa São Paulo. O Cruzeiro, por sua vez, pode chegar a seu segundo título na competição, repetindo 2007, quando, comandado pelo atacante Guilherme, o time da Toca da Raposa levantou o caneco pela primeira vez.
Os comandados de Narciso dos Santos que atuaram no confronto contra o clube celeste foram Rafael; Tiago Lopes (Choco), Dudu, Alex e Anderson Planta; Anderson Carvalho, Serginho, Alan Patrick (Renan) e Denis; Neymar e André. Já os que atuaram sob a regência de Eugênio de Souza pelo Cruzeiro foram Douglas Borges; Diego Renan, Neguete, Domingos e Bebeto; Mateus, Uchoa, Dudu e Bernardo; Norberto (Vitinho) e Thiaguinho (Eliandro).