A decisão do Santos Futebol Clube de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) no caso da dívida com o Arouca pela contratação do zagueiro João Basso provocou forte reação da diretoria do clube português.
Joel Pinho, diretor-geral do Arouca, criticou duramente a iniciativa do clube brasileiro. Para ele, o Santos quer apenas ganhar tempo e adiar ainda mais o pagamento dos 2,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 15,9 milhões) devidos desde julho de 2023.
“É inaceitável uma equipe que tem Neymar e contratou Benjamín Rollheiser por 12 milhões de euros dizer que não pode pagar 2,5 milhões. Usar o CAS para adiar é coisa de clube que não age com seriedade. É inacreditável”, declarou o dirigente.
Pinho também afirmou que o clube santista não apresenta argumentos válidos no processo. “O Santos sabe que deve pagar. Só quer ganhar tempo”, completou.
Segundo o departamento jurídico do Santos, o julgamento no CAS pode levar de seis meses a um ano. Enquanto isso, o clube evita, temporariamente, sanções da Fifa, como a proibição de registrar novos jogadores.
Dívida
A dívida se refere à contratação de Basso junto ao Arouca em julho de 2023. Na época, o pagamento deveria ter sido feito em parcelas, mas apenas a primeira – de 500 mil euros – foi quitada. Com juros e multas, o valor total voltou a atingir os 2,5 milhões de euros, quase R$ 16 milhões.
Em maio, a Fifa notificou o Santos sobre a pendência e estipulou um prazo de 45 dias, que terminou nesta semana. Sem acordo, o Arouca acionou a entidade máxima do futebol. A tentativa do Santos de parcelar o valor em 12 vezes não agradou os portugueses.
“O Arouca não é banco. Essa dívida já dura dois anos. Não faz sentido aceitar parcelamento”, declarou Pinho.
No balanço financeiro de 2024, o Santos reconheceu oficialmente a dívida, informando um débito de R$ 12,5 milhões com o clube europeu.
A crise financeira do Peixe tem dificultado negociações e gerado novos atritos no cenário internacional, enquanto o clube tenta reestruturar seu caixa sem comprometer novas contratações.
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