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18 DE AGOSTO DE 2012

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Santos FC inicia a disputa da Recopa, tradicional torneio sulamericano

O Santos FC começa, nesta quarta-feira (22), a disputar as finais da Recopa Sulamericana. Tentando se recuperar após a queda na Libertadores e o mau começo no Brasileirão, o Peixe enfrentará a Universidad de Chile, às 22 horas, no Estádio Nacional, em Santiago. A volta está marcada para 26 de setembro, no mesmo horário, no […]

Por: Da Redação

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O Santos FC começa, nesta quarta-feira (22), a disputar as finais da Recopa Sulamericana. Tentando se recuperar após a queda na Libertadores e o mau começo no Brasileirão, o Peixe enfrentará a Universidad de Chile, às 22 horas, no Estádio Nacional, em Santiago. A volta está marcada para 26 de setembro, no mesmo horário, no Pacaembu. 
Os torcedores ainda não entraram no clima de final. Grande parte desconhece o porquê de o clube disputar este torneio, realizado em apenas duas partidas. Poucos sabem, mas a Recopa é um torneio tradicional que, por conta da falta de zelo dos organizadores do futebol na América do Sul, conviveu entre idas e vindas e, nos últimos anos, parece se firmar. E que, inclusive, já foi conquistada pelo Alvinegro da Vila, na época daquele time dos sonhos, em 1968.
A Recopa é organizada pela (Conmebol) e envolve os campeões da Libertadores da América e da Copa Sulamericana. No formato atual, começou a ser jogada em 1989, com os vencedores da Libertadores e da Supercopa, que a a Conmebol extinguiu. Com isso, a Recopa foi paralisada, voltando a ser realizada em 2003, com os campeões da Libertadores e da Sulamericana.
Mas, no passado, outras disputas semelhantes aconteceram, com o mesmo nome de Recopa. Odir Cunha, jornalista e escritor, é um dos maiores estudiosos da história centenária do Santos FC. Ele explica que o Peixe, na época com o seu grande esquadrão, venceu a “Recopa dos Campeões Intercontinentais” em 1968, realizado pelas equipes que já haviam vencido a Copa Intercontinental, equivalente ao Mundial de Clubes.
O torneio foi dividido nas zonas sulamericana e europeia e, os campeões de cada uma se enfrentariam para saber quem levaria a taça da Recopa Intercontinental. No velho mundo, Internazionale de Milão e Real Madrid jogariam, mas os espanhóis desistiram da competição e os italianos ficaram aguardando o oponente. 
“Participaram o Racing, da Argentina, e o Peñarol, do Uruguai, que tinha um grande time comandado por Pedro Rocha. A competição foi no sistema de turno e returno, com as equipes jogando contra si. As vitórias valiam dois pontos. Levava a taça quem somasse a maior pontuação”, recorda. 
No primeiro turno, o Alvinegro venceu os argentinos por 2 a 0 no Palestra Itália e os uruguaios por 1 a 0, no Maracanã. No returno, outra vitória em cima dos hermanos, desta vez por 3 a 2, na Avellaneda e derrota para os carboneros por 3 a 0, no Centenário, em Montevidéu. “Com isso, o Santos FC dependia de um empate entre Racing e Peñarol para conseguir o título. Os argentinos já estavam desclassificados, eram os menos fortes, e o jogo terminou 1 a 1”, conta Odir. 
Assim, o Peixe foi disputar o título com a Internazionale. Na primeira partida, vitória por 1 a 0, com gol de Toninho Guerreiro. “Os italianos não quiseram jogar a segunda partida no Brasil e o Santos levou a taça”, lembra o jornalista. “O Santos era o melhor time do Brasil, tinha a base da seleção . Tanto é que nove jogadores foram chamados para as eliminatórias da Copa de 1970, no México”, relembra. (DL) 
Taça da Recopa Sulamericana está exposta no Memorial das Conquistas (Foto: Douglas Luan)
Taça da Recopa Sulamericana está exposta no Memorial das Conquistas (Foto: Douglas Luan)
Eles foram campeões da Recopa
Dois personagens daquela época tiveram a oportunidade de sentir na pele a emoção desta disputa. Clodoaldo e Edu, membros daquele grande esquadrão que encantava o mundo com o futebol arte comandado por Pelé. Eles foram titulares nas seis partidas da Recopa Sulamericana e fizeram gols, dando alegria ao torcedor do Peixe. Essa lembrança ainda enche de orgulho o “carregador de pianos”, Clodoaldo. Afinal, foi em um Maracanã de campo encharcado, num jogo truncado, que ele, volante marcador de ofício, teve a oportunidade de ir ao ataque e, num belo chute, fazer o gol que deu a vitória do Peixe em cima do forte Peñarol, de Pedro Rocha.
“Fiz poucos gols na minha carreira e esse foi um dos mais importantes”, observa, aos risos, com um ar de nostalgia. “Recebi a bola na entrada da grande área pela direita e chutei forte, no ângulo do goleiro. Foi indefensável. Fiz uma bela partida”, recorda.
Edu tem na lembrança o jogo contra o Racing, no Palestra Itália, partida em que deixou a sua marca nas redes. “Jogar contra os uruguaios naquela época era bem mais difícil que hoje. Não há um grande jogador no futebol sulamericano, a exceção é o Neymar. No passado, as bases das seleções estavam aqui”, diz ele.
Os dois ressaltam que, para levar a taça, o Santos FC tem que “jogar seu futebol”. “É fazer o que sabe, sem inventar. O futebol já foi criado”, opina Edu. “A Universidad é bem organizada tecnicamente, tem um bom treinador, mas o Peixe tem grandes possibilidades de conquistar o título”. (DL) 

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