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24 DE JANEIRO DE 2025

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Soteldo complica planos táticos de Pedro Caixinha

Venezuelano tem sido peça importante na construção do ataque do Peixe

Por: Da Redação

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O Santos FC inicia mais uma temporada com um dilema claro: como aproveitar ao máximo o talento de Yeferson Soteldo sem comprometer o equilíbrio tático da equipe? O venezuelano é capaz de ser um dos jogadores mais decisivos, com dribles, velocidade e habilidade na criação de jogadas, mas também representa um desafio na hora de colaborar defensivamente. Pedro Caixinha, que assumiu o comando do time com o objetivo de torná-lo mais competitivo, enfrenta a tarefa difícil de ajustar Soteldo ao sistema coletivo.

Esse dilema ficou evidente na derrota para o Palmeiras, na última quarta-feira. Após um bom começo de partida, o Santos viu o adversário ganhar espaço no segundo tempo, principalmente no meio de campo. As entradas de Rômulo e Marcos Rocha no Palmeiras deixaram o Peixe desequilibrado. Caixinha tentou corrigir a situação substituindo Lucas Braga por Tomás Rincón, mas não conseguiu evitar a pressão palmeirense. O gol de empate, por exemplo, surgiu do lado direito da defesa santista, onde Soteldo deveria ter ajudado na recomposição.

Equilíbrio tático

Desde a pré-temporada, Caixinha tenta montar um time competitivo que potencie os talentos individuais sem abrir mão da organização. Nos primeiros treinos, o técnico português escalou Soteldo aberto pela direita, com Hyan no meio e Diego Pituca mais avançado, próximo à área. A ideia era explorar a habilidade do venezuelano nos duelos individuais, enquanto Pituca ajudava na criação e marcação.

Contudo, após um jogo-treino contra o Athletic, Caixinha percebeu que mudanças eram necessárias. A nova formação colocou Lucas Braga na direita e centralizou Soteldo, livrando-o da responsabilidade de recuar para formar a segunda linha defensiva. O objetivo era dar liberdade ofensiva ao camisa 10, enquanto os outros jogadores do meio-campo assumiam a cobertura.

Essa dinâmica funcionou bem na estreia do Campeonato Paulista, contra o Mirassol. Com Guilherme na esquerda e Lucas Braga na direita, o Santos conseguiu compactar as linhas defensivas quando necessário. Enquanto isso, Soteldo ficava à frente, pressionando a saída de bola dos zagueiros. O plano parecia promissor, mas o jogo contra o Palmeiras mostrou os limites dessa estratégia.

Adversários mais fortes

No clássico, o Santos teve dificuldades para conter o meio-campo palmeirense, que cresceu no segundo tempo. Thaciano, Lucas Braga e Hayner ficaram sobrecarregados pelo lado direito, onde Soteldo não ajudou na marcação. O gol de empate surgiu de um cruzamento de Maurício, explorando exatamente essa fraqueza defensiva.

A falta de recomposição de Soteldo é compreensível, já que sua função é mais ofensiva. No entanto, isso exige que o restante do time tenha uma cobertura impecável, algo que o Santos ainda não conseguiu garantir — como demonstrado no gol da virada do Palmeiras no fim do jogo. Caixinha tem trabalhado para corrigir essas falhas nos treinos, mas enfrenta outro desafio significativo: o elenco reduzido.

Elenco curto

Além do dilema tático com Soteldo, Caixinha lida com um elenco limitado, especialmente no meio de campo. O Santos precisa de jogadores versáteis e experientes para alternar esquemas e corrigir problemas durante os jogos. Tomás Rincón, que entrou contra o Palmeiras para dar mais consistência defensiva, é um exemplo das poucas opções disponíveis no banco.

Sem reforços significativos, Caixinha precisa tirar o melhor proveito dos jogadores que tem à disposição. Isso significa trabalhar na compactação do time e buscar maneiras de aproveitar a genialidade de Soteldo sem prejudicar a equipe taticamente.

A “equação Soteldo” será fundamental para o Santos em 2024. O venezuelano, com sua criatividade e capacidade de decisão, é uma peça chave no ataque, mas sua indisciplina tática pode ser um problema contra times mais organizados. Caixinha precisará encontrar soluções criativas para equilibrar a genialidade do camisa 10 com a solidez defensiva necessária para o time.

No fim das contas, Soteldo é um reflexo do próprio Santos: talentoso, mas instável. Resolver essa dualidade será o grande desafio do treinador.

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