O Santos FC atravessa um momento complicado na Série B do Campeonato Brasileiro. Fora do G-4 pela primeira vez desde o início da competição, o Peixe não vence há três rodadas e vê a crise bater à porta.
Contudo, apenas no início dessa semana, o clube da Vila Belmiro teve dois protestos no CT Rei Pelé.
Retrato bem diferente da perspectiva de dois meses atrás, no início de abril.
Até aqui, são cinco vitórias e quatro derrotas na Segunda Divisão do campeonato nacional.
Contudo, o rendimento deixa o Peixe na quinta colocação na tabela, atrás de América-MG, Goiás, Mirassol e Avaí, e fora da zona de classificação para a Série A.
A situação chama atenção pelo lado negativo. Afinal, o Santos é o grande favorito ao título na competição, tem um gasto aproximado R$ 11 milhões com a folha salarial do elenco e demonstra uma clara queda técnica depois da campanha que o colocou na final do Paulistão.
Nas últimas quatro rodadas da Série B, o Santos viu alguns de seus titulares indo para o departamento médico e, como é comum na maioria dos clubes brasileiros, não conseguiu manter o ritmo de jogo sem seus principais nomes à disposição.
Os atacantes Guilherme, Julio Furch e Pedrinho viraram desfalques, assim como o volante João Schmidt, o lateral Aderlan e o goleiro João Paulo, que deve retornar aos gramados apenas no ano que vem. Repleto de baixas, o técnico Fábio Carille foi obrigado a mexer na equipe, que acabou não correspondendo em campo.
Jogo contra o Botafogo-SP
Como anunciado pelo presidente Marcelo Teixeira desde o início da temporada, o Santos vendeu o mando de campo do confronto com o Botafogo-SP para a cidade de Londrina. O clube recebeu R$ 600 mil pela transação, mas deixou o interior do Paraná insatisfeito com a experiência e apresentação do time.
A começar pelo público considerado baixo e a sensação de um estádio vazio. Em campo, apesar das 22 finalizações ao gol adversário, o Peixe não conseguiu converter as chances criadas e foi derrotado por 2 a 1. O detalhe é que o Botafogo-SP não tinha marcado na Série B até então e era o lanterna da tabela. O resultado ruim e a sensação de estar jogando fora de casa uma partida que estava programada para ser disputada na Vila Belmiro mexeram com a confiança dos jogadores do elenco.
Logística dos jogos
O ponto alto da crise interna certamente foi a locomoção feita pelo clube para jogar em Londrina em uma segunda-feira e depois em Novo Horizonte na sexta-feira da mesma semana.
Para potencializar os treinamentos e evitar desgastes longos, a diretoria do Santos optou por estender a estadia em Londrina e depois treinar em Catanduva, no interior paulista, antes de visitar o Novorizontino.
A programação fez com que os jogadores ficassem uma semana inteira longe de casa. Houve descontentamento no elenco, evidenciado por Weslley Patati, que reclamou publicamente de uma viagem de ônibus de seis horas. Posteriormente, o garoto teve uma multa dada diretoria santista e, mais tarde, cobrado por lideranças das organizadas o Peixe.
Jogadores
Presidente do Santos FC Marcelo Teixeira deixou claro seu descontentamento com alguns nomes do elenco.
Contudo, o presidente cogita negociar Patrick e citou uma reformulação na próxima janela.
No dia seguinte, avisou o Conselho Deliberativo que o meia Cazares deixará o clube e que emprestará o volante Nonato ao Japão.
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