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23 DE MAIO DE 2011

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Adoniran Barbosa é homenagado peo Ballet Stagium no Sesc

Nesta quinta-feira (26), às 21h o Ballet Stagium apresenta o espetáculo Adoniran, no Teatro do SESC Santos, com Ballet Stagium, direção de Décio Otero e Márika Gidali. O SESC SP promove o circuito comemorativo dos 40 anos do Ballet Stagium. A companhia, reconhecida por debruçar-se sobre a cultura brasileira para, de forma crítica e sensível, […]

Por: Da Redação

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Nesta quinta-feira (26), às 21h o Ballet Stagium apresenta o espetáculo Adoniran, no Teatro do SESC Santos, com Ballet Stagium, direção de Décio Otero e Márika Gidali. O SESC SP promove o circuito comemorativo dos 40 anos do Ballet Stagium.


A companhia, reconhecida por debruçar-se sobre a cultura brasileira para, de forma crítica e sensível, transformar pesquisa e experimentos em dança, apresenta o espetáculo Adoniran, homenageando o ícone da música brasileira, que em suas composições retratara como poucos o cotidiano da vida urbana de São Paulo. O espetáculo recebeu incentivo do PROAC – Programa de Ação Cultural.


No centenário de nascimento de Adoniran Barbosa, o Ballet Stagium dança Adoniran, o poeta paulista que, por sua obra musical, retrata a cidade de São Paulo mediante um dos fundamentos de sua formação como cidade moderna: o amálgama entre culturas.


A partir do bairro da Bela Vista, vai misturando cultura européia – italianos do Bixiga- com cultura do Brasil, notadamente aquela de extração africana, as duas se entrelaçando na origem deste bairro central da capital de São Paulo. O que resulta são os sotaques próprios de suas antológicas canções, como Samba Italiano, Iracema, Mariposas, Bom Dia Tristeza, Tiro ao Álvaro, Saudosa Maloca e Trem das Onze.


Décio Otero cria sobre estas partituras, sua escrita coreográfica, transformada em espetáculo por Marika Gidali, em elenco renovado, onde todos permanecem em cena como um coro cênico que comenta as ações dos solistas, duos e trios.


O coro é como São Paulo, metáfora de multidão, de onde se descolam os bailarinos para dançar os cotidianos dramas das canções do compositor da Bela Vista.
Em cena, além da tradução das canções de Adoniran, ainda temos uma possível representação de uma figura sua – na forma de clown, maestro sem orquestra, mago-  que observa a ação que se vai tecendo, ao longo do espetáculo.


A fábula subjacente a este personagem,  que tudo observa,  remete ao compositor, que em permanente e inquieta observação da vida dos habitantes simples de uma cidade em constante mutação,  dela pinçava a poesia diária –  trágica, cômica, estética, fugaz. 


Também como Adoniran, e de longa data, Décio Otero e Marika Gidali, diretores do Ballet Stagium, também observam o país em que vivem.
A partir dele, encarado como permanente “dramaturgia de origem” nos apresentam obras sobre nossa cultura e sensibilidade.  São quarenta anos de atividade estética, transformando em metáforas corporais as “coisas do Brasil”.


Adoniran é criação desta trajetória, fundamental para a arte de um país plural, onde muitos sotaques e pronúncias, também pronunciados através da dança, devem ser conjugados sem cessar.

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