15 DE MAIO DE 2013
Amarcord de Federico Fellini será exibido neste sábado (18) no cineclube Maurice Legeard
Amarcord é um clássico do cineasta italiano Federico Felllini de 1973. O título é uma referência à tradução fonética da expressão io me ricordo (eu me lembro), usada na região da Emilia-Romagna, onde o diretor nasceu. O filme conta um ano na vida em Rimi uma pequena cidade costeira italiana na década de trinta. Começa […]
Amarcord é um clássico do cineasta italiano Federico Felllini de 1973.
O título é uma referência à tradução fonética da expressão io me ricordo (eu me lembro), usada na região da Emilia-Romagna, onde o diretor nasceu. O filme conta um ano na vida em Rimi uma pequena cidade costeira italiana na década de trinta. Começa com a chegada da primavera, simbolizada em uma chuva de pétalas de flores que invade o vilarejo. E termina na mesma ocasião, só que um ano mais tarde.
Através dos olhos de Titta (Bruno Zanin), um garoto impressionável, o diretor dá uma olhada na vida familiar, religião, educação e política dos anos 30, quando o fascismo era a ordem dominante. Entre os personagens estão o pai e a mãe de Titta, que estão constantemente batalhando para viver, além de um padre que escuta confissões só para dar asas à sua imaginação anticonvencional. Entre tamanhas situações absurdas que são colocadas em tela com certa frequência, emergem signos cinematográficos infindáveis e personagens extremamente bizarros: uma freira anã, uma comerciante com seios gigantescos, um músico cego, um narrador improvisado que aparece e desaparece o tempo todo, um exército fascista dançante, um grupo de esquerdistas amáveis, um (a) mendigo (a) de sexo indefinido que parece não perceber estar sendo filmado, a tradicional bonitona da cidade, uma pavão colorido que caminha e voa pela neve, um padre desinteressado pelos seus fiéis, um tio maluco que sobe em árvores, etc. Tudo isso caminha em direção a uma catarse belíssima, quando um transatlântico imponente e iluminado passa pela cidadezinha, os moradores sobem em barquinhos e lanchas e se mandam para o alto-mar, com lanches e refrigerantes, para ver o navio passar. Em instantes como esse, Fellini quase consegue fazer o tempo parar; o mar de papel celofane talvez seja uma das imagens mais poéticas que o cinema foi capaz de conceber.
A trilha sonora de Nino Rota peça fundamental nas obras de Fellini e o figurino de Danilo Donati. Foi considerado pelo New York Times como um dos 1000 melhores filmes do mundo.
“Amarcord” ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1974, e foi indicado ao Oscar de Melhor Direção de ambos e Melhor Roteiro Original, influenciou tantos trabalhos posteriores (o celebrado “Cinema Paradiso”, por exemplo, não seria possível sem “Amarcord”).
Além de Amarcord, será exibido um curta metragem convidado, a ser divulgado durante a semana pela página do facebook (http://www.facebook.com/CineclubeMaurice).
Serviço
Quando: Sábado (18), às 22 horas
Onde: Vila do Teatro- Praça dos Andradas, Centro – Santos.
Entrada Franca.