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Educação

10 DE MARÇO DE 2023

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Com o avanço na tecnologia, hábito de leitura precisa ser reforçado

Segundo informações da Agência Brasil, o brasileiro lê, em média, cinco livros por ano, sendo aproximadamente 2,4 livros lidos apenas em parte e, 2,5, inteiros

Por: Vinícius Dantas
Da Redação

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No dia 13 de fevereiro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) proibiu o uso de redes sociais e streamings nas escolas estaduais de São Paulo.

Dessa forma, o uso da internet e demais aplicativos são apenas para fins pedagógicos.

Segundo a Secretaria da Educação (Seduc-SP) o objetivo da medida é focar no desenvolvimento da aprendizagem de qualidade, sem que haja a dispersão para conteúdos considerados inapropriados.

Com alta da tecnologia, a cultura da leitura está se enfraquecendo aos poucos.

Para ter noção, segundo matéria da Agência Brasil em 2020, o Brasil tinha perdido nos últimos quatro anos, mais de 4,6 milhões de leitores, seguindo dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. De 2015 até 2019, o número de leitores no país que era de 56% caiu para 52%. Já os não leitores, ou seja, brasileiros com mais de 5 anos que não leram nenhum livro, nem mesmo em parte, nos últimos três meses, fazem parte de 48% da população, o que representa cerca de 93 milhões de um total de 193 milhões de brasileiros.

Portanto, a Secretária da Educação de Santos Cristina Barletta conta sobre o motivo de algumas crianças leem menos.

“Diferentemente dos outros, o hábito da leitura está associado a uma atividade prazerosa. Aqui na rede municipal de ensino de Santos, uma das formas de criar laços com a cultura literária se dá por meio do Projeto Santos à Luz da Leitura que, através de Temáticas norteadoras, trabalha a conexão da arte com a literatura.

Portanto, não se trata de um enfraquecimento da cultura. Mas sim do uso de outras alternativas criativas, motivadoras e tecnológicas que também nos levam ao encontro da cultura”.

Tecnologia 

Cristina informa que a tecnologia oportunizou novas formas de leitura do mundo. Hoje não existe um trabalho apenas com leitura e letramento. Mas com o multiletramento que é o processo de identificar, criar, interpretar e comunicar por meio do que a criança recebe. Portanto, elas estão presenciando diferentes tipos de informações que são facilmente recebidas na Internet e precisam interagir com as verdadeiras e falsas. “Um trabalho que envolve a leitura crítica que também faz parte da construção da competência leitora.”

Sobre o impacto da tecnologia na leitura, a secretária conta que são caminhos que podem ser percorridos sem que um só exista a partir da proibição do outro.

Por fim, ela acrescenta sobre a importância do incentivo no hábito da leitura. “As rotinas de leitura em família fortalecem vínculos afetivos e contribuem com a formação do leitor.”

Falta incentivo?

A pedagoga Silvia Soares expõe sua visão sobre a leitura das crianças. “O incentivo nunca foi eficaz, talvez por falta de estímulo do contexto social, ou porque o livro bom é caro e agora então a divisão com as telinhas do celular provocadas pela pandemia só pioraram”.

Silvia também acrescenta sobre a contribuição dos dispositivos tecnológicos para diminuir o interesse na leitura. “O enfoque está amplo demais e com isso é mais fácil ver do que decodificar. Fazer pensar da trabalho”.

Questionada sobre a decisão do governo de SP, a pedagoga responde “Os instrumentos tecnológicos devem fazer parte do processo e não serem o início do processo. O fato deste bloqueio apenas limitou ou mesmo deu ênfase à aprendizagem. Aprender requer amadurecimento. Não é com a quantidade de estímulos que se aprende e sim com a qualidade deles fazendo-os pensar”, reitera.

 

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