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30 DE MARÇO DE 2016

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Festival Cubatão Danado de Bom homenageia Ariano Suassuna

Fotos dos últimos anos do autor, livros, filmes e gravações fazem parte do acervo que ficará no local, onde também serão ministradas palestras sobre o romancista e dramaturgo

Por: Da Redação

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Grande homenageado da 4ª edição do Festival da Cultura Nordestina Cubatão Danado de Bom, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna terá um espaço totalmente dedicado à sua vida e obra. O acervo contará com fotos da exposição O Decifrador, de Alexandre Nóbrega, filmes, livros, gravações e revistas que contam um pouco da trajetória deste famoso nordestino.

A exposição ficará no Kartódromo Municipal e poderá ser visitada de 7 a 10 de abril, durante a realização do Cubatão Danado de Bom. Este ano, o evento ocorre em uma ocasião ainda mais especial: o aniversário da Cidade. Serão quatro dias de muita festa, com shows de artistas consagrados, comidas típicas, dança, artesanato e muito mais.

Além do material que poderá ser visto, lido, assistido e ouvido, durante a exposição, o escritor e doutor em Literatura Brasileira Carlos Newton Júnior ministrará duas palestras sobre Ariano Suassuna, nos dias 9 e 10.

Newton Júnior é formado em Arquitetura e História, com especialização em teoria das Artes Plásticas, mestrado em Literatura Comparada e doutorado em Literatura Brasileira.

Professor do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco e autor de mais de dez livros, nos campos da poesia, do romance e do ensaio, é dele o acervo que ficará exposto no festival, com exceção das fotos.

Fotografias
A exposição O Decifrador conta com fotografias do escritor em momentos íntimos e descontraídos. As imagens foram feitas nos últimos anos de vida de Suassuna. Além de assessor do escritor, Nóbrega também era genro dele.

“A família de Ariano Suassuna foi convidada para participar da homenagem”, conta Fernando Rino, produtor e responsável  pela exposição. “O Alexandre Nóbrega confirmou que virá”.

Acervo multimídia
Quem for à exposição sobre Ariano Suassuna irá se encantar com um rico e variado acervo, composto por livros raros, revistas, documentos, datiloscritos, manuscritos, cordéis, discos (CDs) e filmes (DVDs) em estojo.

Serão 25 livros, entre romances, poemas e ensaios. Entre as obras, a edição portuguesa de Auto da Compadecida (Lisboa, 1960), a primeira edição de Uma mulher vestida de sol (Recife: Imprensa Universitária, 1964), e a primeira edição de Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (Rio de Janeiro: José Olympio, 1971).

O acervo conta também com os discursos feitos por Suassuna quando da posse na Academia Brasileira de Letras, na Academia Paraibana de Letras e na Academia Pernambucana de Letras.

“Teremos também edições especiais em homenagem e revistas com matérias especiais e de capa sobre o autor”, explica Rino.

Entre os filmes, a exposição terá O Sertãomundo de Suassuna (direção de Douglas Machado), O Senhor do Castelo (direção de Marcus Vilar), A Compadecida (1969, com direção de George Jonas – primeira adaptação cinematográfica da peça Auto da Compadecida).

Para ouvir, o público poderá se encantar com os CDs A Poesia Viva de Ariano Suassuna e Quinteto da Paraíba: A Pedra do Reino.

Homenageado
O nordestino Ariano Suassuna, que se tornou um dos maiores nomes da arte e da cultura brasileiras, foi defensor da cultura popular e ficou famoso por obras como O Romance d’A Pedra do Reino e Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. Chicó e João Grilo, de O Auto da Compadecida, foram eternizados no cinema e na TV e já fazem parte do imaginário popular.

Foi durante a sua infância, no sertão paraibano, que Ariano Suassuna se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar a sua obra. “Não troco o meu oxente pelo ok de ninguém!”, declarou, certa vez, zeloso de sua cultura nordestina.

O escritor também foi integrante da Academia Brasileira de Letras e secretário de Cultura de Pernambuco. Ariano faleceu em 2014, aos 87 anos, em Recife.

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