Cerca de 80 kg de detritos foram removidos das areias da orla da Ponta da Praia, neste sábado (1), em ação voluntária realizada pelo Instituto Santos Lixo Zero com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), da Prefeitura de Santos.
Sendo assim, o evento é alusivo ao Dia Internacional Lixo Zero, celebrado em 30 de março, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Portanto, a ação durou cerca de quatro horas e recolheu diversos itens, como papelão (1,6kg), vidro (3,2kg), metais (300g), plástico PET (7,2kg).
Além de plástico mole (18,2kg), plástico duro (9,7kg), rejeitos (30,8kg) e material orgânico (6,3kg).
Contudo, ao todo, foram retiradas 1.546 bitucas de cigarro, 183 canudos e 119 microtubos.
O material reciclável é encaminhado à cooperativa de reciclagem ONG Sem Fronteiras e o restante destinado ao aterro sanitário.
Desse modo, realizada em um trecho próximo ao Aquário Municipal, a limpeza contou com a participação de 160 pessoas.
Entre as voluntárias estava a analista de vendas, Cristiane Aragão, de 37 anos. Vegetariana desde 2018 e utilizando produtos sustentáveis há quase 10, ela participou pela primeira vez da ação do Instituto.
Cristiane, que é moradora do bairro Castelo, diz que o engajamento em causas ambientais é de suma importância para a saúde do planeta.
No entanto, para ela, mesmo com recorrentes ações das iniciativas pública e privada, o cenário ainda é preocupante.
“A questão climática e as agressões à nossa fauna me preocupam. Todo esse mal é causado pelo homem e precisamos repensar nossas atitudes no dia a dia.
Tenho percebido um engajamento maior das pessoas, mas parte da população ainda precisa mudar sua postura. Caso contrário, as próximas gerações vão sofrer demais”.
Sustentabilidade
Além da limpeza da praia, o 3º Santos Lixo Zero promoveu atrações para o público que passava pela orla santista.
Dessa forma, dezesseis expositores comercializaram diversos produtos sustentáveis e amigáveis ao meio ambiente, como artesanatos em geral, utensílios domésticos, roupas, entre outros itens.
“Precisamos transformar a cultura do lixo para a cultura do recurso. Quando reciclamos, economizamos água, energia e deixamos de fazer extração de mais matéria-prima.
Deixamos de contaminar o meio ambiente, fortalecemos cooperativas e ainda geramos trabalho e renda”, concluiu o presidente do Instituto, André Tomé.