Uma das invocações de Maria, mãe de Jesus, a Santa Católica padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida tem sua festa litúrgica comemorada a cada 12 de outubro.
Assim, todos os anos diversos devotos ruma à cidade de Aparecida (SP) e para paróquia de Santos de mesmo nome.
AS PRAÇAS
Portanto, é um dos poucos logradouros que se repetem na cidade no mesmo tipo de via.
Há outros “repetentes”, em sua maioria estão em área portuária e com uma “patente” (rua, praça, travessa, avenida) diferente do original, constando inclusive no abairramento oficial.
A praça de N. Sra. Aparecida é famosa no bairro que leva seu nome.
Ela está situada em frente à igreja em sua homenagem, no entanto, existe uma praça de mesmo nome no Morro São Bento no encontro das Ruas São Manoel com São Marcos.
Se este encontro divino foi proposital não sabemos, pois não existem muitos registros de quando se deu sua criação.
No entanto, chega a ser irônico a praça de uma Santa ficar no encontro de outros dois Santos, no morro da Divindade protetora contra os males das alma.
Dessa forma, no bairro da Aparecida, o logradouro levava o nome de Praça Senador Correia, homenagem ao ex-Ministro do Exterior do Império com benfeitorias pela educação.
As terras daquela região pertenciam a Companhia S. Paulo Co. Ltda. responsável por abrir as vias, incorporadas pela prefeitura em 1950.
Durante anos as duas praças conviveram juntas.
Os mais atentos conseguirão notar que seu terreno é uma junção de lotes (muito provavelmente desta forma era feira a diferenciação das praças).
Assim, até que em algum momento não conhecido, o nome do senador foi retirado do emplacamento, mas não da legislação, continuando a conviverem juntas, mas de formas separadas, uma existia na legislação e outra na placa de Rua.
Em 17 de maio de 1988, o prefeito Oswaldo Justo dá fim a este “imbróglio”, alterando o nome de todo o terreno da via para o que conhecemos hoje e extinguindo a Praça Senador Correia.
HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, na passagem de Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde de Assumar, pela cidade de Guaratinguetá (SP).
Em festa com a visita, o povo decidiu ir ao rio Paraíba do Sul pescar, apesar de não ser temporada de pescaria, com a intenção de oferecerem peixes ao conde.
Por essa razão, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram para que intercedesse com Deus.
Após diversas tentativas infrutíferas, chegaram ao Porto Itaguaçu.
João Alves prestes a desistir, jogou sua rede novamente, apanhando uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça.
Lançou a rede novamente e apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Após terem recuperado as duas partes, a figura da Santa ficou tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la e passaram a apanhar tantos peixes que tiveram que voltar ao porto, pois o peso da pescaria ameaçava afundar as embarcações.
Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa.
Dessa forma, durante 15 anos a imagem ficou na residência de Felipe Pedroso, trazendo a presença de vizinhos e outros povos para orar.
Com a crescente fama e milagres atribuídos, a família decide construir um oratório no Porto de Itaguaçu e em 1734 o padre de Guaratinguetá decide construir uma capela para a Santa, aberta ao público em 1745 onde hoje fica a cidade de Aparecida.
IMPERADOR
Em 20 de abril de 1822, em visita de Dom Pedro I à capela, o então futuro Imperador teria prometido tornar Aparecida padroeira do Brasil caso nos tornássemos independentes.
No entanto, após se tornar imperador, Pedro I escolheu São Pedro de Alcântara como padroeiro.
Seu manto azul e coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis foram doados por Princesa Isabel em 6 de novembro de 1888, para pagamento a uma promessa feita em sua primeira passagem na capela em 8 de dezembro de 1868.
PADROEIRA
A coroação da imagem foi feita em 8 de setembro de 1904, com presença do então presidente da República, Rodrigues Alves e celebrado por D. José Camargo Barros.
A cidade de Aparecida se emancipou de Guaratinguetá apenas em 17 de dezembro de 1928
Em 16 de julho de 1930, o Papa Pio IX declara Nossa Senhora Aparecida como padroeira e rainha do Brasil.
Apenas em 30 de junho de 1980, foi decretado por lei fixando o dia 12 de outubro como feriado nacional.
A data é reservada para devoção a Santa e enfim é reconhecida oficialmente como Padroeira da nação.
NA REGIÃO
Na Baixada Santista, Bertioga, Itanhaém e Peruíbe não homenageiam em suas ruas a Padroeira do Brasil, enquanto Praia Grande e São Vicente celebram N. Sra. em dois logradouros cada (praça e avenida).
