Mudar uma criança e/ou um adolescente de escola nem sempre é uma tarefa simples.
Afinal, existe a preocupação por parte dos pais quanto a adaptação educacional e social do mesmo.
Tudo isso pode causar bastante impacto na vida discente.
Os motivos que levam à transferência escolar podem ser inúmeros.
Questões financeiras, mudança de cidade ou a necessidade de escolher outro colégio por se tratar de uma instituição limitada aos ensinos infantil e fundamental.
“Muitas famílias estão com essa necessidade de mudança de escola por conta da situação financeira influenciada pela crise na qual o País está passando”.
A opinião é da professora de Psicologia da Educação do curso de Pedagogia da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Sandra Maria Bezerra da Silva.
O ideal é que o adolescente faça todo o Ensino Médio, por exemplo, em apenas uma escola e que essa constante transferência seja evitada.
“Mas também essa mudança faz parte da vida da criança e do adolescente… Entender, desde cedo, que nem sempre as coisas são como gostaríamos e que na vida existem muitas transformações”, salienta.
Como escolher a escola ideal?
Independente do motivo da transferência é preciso, segundo Sandra, avaliar se a criança é mais introvertida ou extrovertida.
“Os extrovertidos terão mais facilidade para se adaptar do que aqueles que são mais quietinhos e tímidos”, destaca.
“Cada criança é única, então tudo isso é bem individual, por isso que a conversa é fundamental!”, explica.
Antes de efetuar a matrícula os pais devem conhecer pessoalmente a escola no período a qual o filho vai estudar.
Para Sandra, informações passadas pelo telefone são, muitas vezes, ilusórias, por isso é preciso ir ao local, conhecer o ambiente escolar, os possíveis colegas e explicar o perfil do filho.
“Nada substitui uma conversa e a família precisa estar disposta a isso”, explica.
“Tirar um tempo para fazer essa pesquisa antes da troca definitiva é valioso”, enfatiza.
Outro aspecto que deve ser verificado é a metodologia de ensino, pois hoje muitas escolas utilizam os sistemas apostilados de ensino.
Deixar os colegas de lado é outro cuidado que os pais precisam ter.
“Combinar com uma ou duas famílias para conhecer escolas é uma boa opção. A criança não sentirá tanto na transferência, pois estará rodeada dos melhores amigos”, afirma.
Não se adaptou, e agora?
Se a criança ou adolescente demonstra falta de vontade de frequentar o colégio ou apresenta mudanças de comportamento, Sandra recomenda que os pais conversem com os responsáveis pela instituição.
E também levem em consideração como o filho se sente no novo ambiente.
Caso a situação permaneça será preciso reavaliar e analisar uma nova escola.