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21 DE MAIO DE 2025

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Realejo Livros celebra 24 anos como centro cultural em Santos

Fundada por José Luiz Tahan, a Realejo completa 24 anos como livraria, editora e centro cultural em Santos, unindo literatura, encontros e memória afetiva

Por: Da Redação

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Em tempos de assistentes virtuais, vendas automatizadas e recomendações baseadas em algoritmos. Sendo assim, uma livraria de rua em Santos mantém uma proposta quase subversiva: ouvir o leitor com atenção.

Aberta em 2001 e fundada por José Luiz Tahan, a Realejo Livros celebra 24 anos de existência no dia 21 de maio (quarta-feira) como um verdadeiro centro cultural próximo à orla. Onde cada livro é indicado por alguém que lê, sente e acredita no poder da literatura como encontro — não apenas como produto.

Uma livraria viva

Tahan é um raro livreiro brasileiro que também atua como editor, cronista e produtor cultural. À frente da Realejo desde o início, ele segue no balcão diariamente, conversando com os leitores e indicando livros com base na experiência e na escuta.

“Evito falar em resistência, pois as livrarias sempre existiram e são responsáveis por uma fatia de mercado que valoriza esse modelo de negócio. A Realejo, assim como eu, acredita no poder da troca real. Livro, para mim, sempre foi sobre conexão humana. Não existe algoritmo que substitua isso!”, afirma.

Com mais de 860 lançamentos realizados, uma média de 2.500 visitantes mensais e cerca de mil livros vendidos por mês, a Realejo se destaca pelo atendimento próximo, onde muitos clientes são chamados pelo nome.

Muito além da venda de livros

Desde 2021, a livraria também passou a compartilhar suas histórias em outro formato: o livro “Um Intrépido Livreiro nos Trópicos”, publicado pela Vento Leste, reúne crônicas e reflexões de Tahan após mais de 33 anos de atuação como livreiro. A obra já vendeu mais de duas mil cópias e chegou a leitores em diversas cidades brasileiras e em Portugal, com elogios de nomes como Milton Hatoum, Michel Laub, José Roberto Torero e Xico Sá.

Mesmo no ambiente digital, a Realejo preserva seu DNA afetivo. Nas redes sociais, onde soma mais de 11 mil seguidores, os conteúdos são pensados e produzidos pela equipe da livraria, com sugestões de leitura, bastidores e reflexões sobre o universo do livro.

Eventos, encontros e literatura na prática

Muito mais do que uma livraria, a Realejo se consolidou como um polo cultural ativo em Santos. Sua programação inclui clubes de leitura, apresentações musicais e lançamentos de grandes editoras — além das obras publicadas pelo próprio selo, a Editora Realejo.

Em 2009, foi também dentro da livraria que nasceu a Tarrafa Literária, hoje o maior festival literário gratuito do Estado de São Paulo.

Portanto, com 17 anos de história, já impactou mais de 200 mil pessoas e movimentou mais de R$ 1 milhão em investimentos culturais via leis de incentivo.

Entre os convidados da Tarrafa ao longo dos anos estão Gonçalo Tavares, Djamila Ribeiro, Amyr Klink, Ana Maria Machado, Fernando Morais, Martinho da Vila, Ignácio de Loyola Brandão, Xico Sá, entre muitos outros.

“Criamos a Tarrafa para ser uma extensão do que já fazíamos dentro da livraria, com o objetivo de democratizar ainda mais o acesso à literatura, sem pompa nem senha. Leitor entra, escuta, pergunta, conversa. Essa é a mágica do encontro literário”, diz Tahan.

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