Quem caminha ou passa pelo bairro da Aparecida ou da Ponta da Praia tem a sensação de passear por tribos de povos originários ou até mesmo retornar aos primórdios do Brasil.
Região com maior concentração de ruas com nomes tupi-guarani, quem passa por algum desses logradouros deve se perguntar o que eles significam.
Está certo que as placas mais novas vêm com a resposta deste mistério numa linha fina abaixo do nome oficial, mas qual a história por trás disso?
Para iniciar a coluna e a parceiria do @ViasDeSantos com o Boqnews, decidi escolher uma via indígena que está diretamente ligada ao começo de tudo, Rua Arabutã. Ou seria Arabutan?
Primeiramente, vamos ao seu significado, para depois passar para a etimologia.
O termo foi o nome dado pelos povos originários a árvore que nomeia o Brasil, o pau-brasil.
Entretanto, ambas as grafias estão corretas, pois o termo é uma modificação, provavelmente francesa, do vocábulo indigena “arapytãna” (ara = árvore, madeira + pytãna = vermelha).
Em documentos antigos e até mesmo na lei que transformou esse termo em logradouro oficial, é possível encontrar escrito “Arabutã” e não existe um registro de lei oficializando a troca de grafia.
Este mesmo nome também se fez presente na segunda grande guerra, mas com o acento grave (tio) ao invés de “N”.
Após o Brasil romper relações com a Alemanha, a nação passou a ter seus navios afundados pelo Eixo e a quarta embarcação à parar no fundo do oceano Atlântico, mais especificamente
na costa estadounidense, em janeiro de 1942, se chamava Arabutã.
na costa estadounidense, em janeiro de 1942, se chamava Arabutã.
Ronaldo Tarallo Júnior é jornalista