Rua Clay Presgrave do Amaral, um contraste à agitação comercial do Gonzaga | Boqnews
Rua Clay Presgrave do Amaral fica no Gonzaga. Foto: Ronaldo Tarallo Jr/Colaborador

Vias de Santos

15 DE AGOSTO DE 2024

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Rua Clay Presgrave do Amaral, um contraste à agitação comercial do Gonzaga

Localizada ao lado da via Gastronômica, Tolentino Filgueiras, passa despercebida até por quem mora no bairro.

Por: Ronaldo Tarallo Junior
Da Redação

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Uma via neta de outra, feita por uma Rua, uma Praça e um túnel, assim pode ser definido o logradouro Clay Presgrave do Amaral, mas como isso pode ser possível?

Primeiramente, precisamos entender quem foi o dono da plaquinha azul localizada nas esquinas do canal 3 e da R. José Caballero, para entender como outras vias podem criar ruas.

Quem foi Clay Presgrave do Amaral?

Ao contrário de outras personalidades, Clay não foi político, não foi benfeitor.

Foi militar.

No entanto, o destaque de sua vida não foi por servir a nação.

Nascido em Santos, numa das avenidas que mais caracteriza a cidade, a Anna Costa, em 9 de abril de 1915, neto do Eng.º Miguel Presgrave (via localizada no Boqueirão), foi um idealista e apaixonado da aviação, projetou e executou planadores e túneis aerodinâmicos.

Aos 20 anos, ingressou na Escola Politécnica de São Paulo no curso de Engenharia Civil, mas abandonou para cursar Engenharia Aeronáutica da Reserva Aérea Naval no Rio de Janeiro, pois seu grande sonho era torna-se piloto militar.

Passou em primeiro lugar no exame final.

Assim, resolveu então seguir para os Estados Unidos e estudar numa de suas melhores e mais difíceis escolas.

Formou-se em 1940 e recebeu o título de “piloto militar” por sua conduta e inteligência.

Retornou ao Brasil onde trabalhou no Instituto de Pesquisa Tecnológicas.

Já em 1942, o Governo do Estado de São Paulo o designou para ser consultor técnico da Vasp.

Viajava constantemente aos Estados Unidos profissionalmente e numa dessas viagens faleceu num trágico acidente de trem que ia de Pittsburgh a Washington, aos 27 anos, no dia 24 de setembro de 1942.

Via tem pouco mais de 200 metros e ganhou vários empreendimentos imobiliários nos últimos anos. Foto: Ronaldo Tarallo Jr/Colaborador

A rua

Totalmente pacata ao longo de seus pouco mais de 215m, o maior destaque da rua é o espigão construído na última década, mas sem tirar o charme de conter alguns comércios de primeira e segunda necessidade ao longo de sua extensão, como farmácia, salão de beleza e varejo.

Em 1948, o vereador Henrique Soler (rua localizada na Ponta da Praia) propôs a homenagem ao amante da aviação.

A  sessão foi presidida por André Freire (praça localizada na Vila Mathias).

Em 3 de junho daquele ano, o prefeito Rubens Ferreira Martins (nome do túnel da cidade) aprovou a lei 957, com a mudança do nome da Rua Aprovada 466 para o atual logradouro, sendo o único da Baixada Santista.

 

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