Batizada com o nome do 1° bispo Diocesano de Santos, a via se tornou mais uma alternativa para fãs da gastrônomia.
Quem anda pela rua Dom Lara, no Boqueirão, em Santos, consegue ver um ótimo casamento entre via residencial com gastrônomia.
Isso porque, desde meados da última década, os mais diversos restaurantes e até mesmo “barzinhos” já abriram nas suas duas quadras de extensão.
Com isso, a rua se tornou uma opção aos badalados botecos gourmets da rua Tolentino Filgueiras.
Em 2024, mais especificamente no último dia 4 de julho, a Diocese de Santos completou 100 anos.
E, há exatos 88 anos, morria o seu primeiro bispo, que hoje dá nome ao logradouro deste simpático encontro de apartamentos com comércio.
Quem foi Dom Lara
José Maria Parreira Lara, o Dom Lara, nasceu no dia 3 de junho de 1885, em Resende da Costa-MG.
Dessa forma, fez seus estudos primários para logo em seguida ser enviado a Mariana-MG, onde se formou em Teologia e Filosofia.
Foi ordenado padre no dia 18 de abril de 1911, exercendo o sacerdócio nas cidades mieiras de Mariana, Conceição da Boa Vista, Porto Santo Antônio, Barra do Piraí e Ponte Nova.
Nesta última, foi responsável pelo projeto e pelo início da construção da nova Igreja Matriz de São Sebastião.
Assim, tornou-se pároco diocesano pela primeira vez em 27 de março de 1924, assumindo a diocese do Amazonas.
Em 11 de fevereiro de 1925, sagrou-se bispo em São João del Rey-MG, no entanto, não tomou posse pois foi nomeado em 18 de dezembro de 1924 como o primeiro bispo da mais nova diocese paulista, a de Santos, tomando posse 4 meses depois.
Dessa maneira, durante seus nove anos de apostolado no litoral, foi responsável por fundar a Associação “A Casa do Senhor”.
Portanto, a entidade tinha por finalidade principal amparar as crianças filhas de operários e empregadas domésticas.
Criou também a Paróquia de São José Operário e de Nossa Senhora do Terço, no Macuco, em 1925.
No ano seguinte fundou a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário da Pompéia, todas em Santos.
Em 1931, foi a vez da Paróquia de São Francisco Xavier em Registro e, em 1934, a de Santo Amaro e Nossa Senhora de Fátima, no Guarujá.
Em 28 de setembro de 1934 assumiu a Diocese de Caratinga-MG, realizando o sacerdócio na cidade até sua morte, em 8 de agosto de 1936.
A RUA
A sessão da Câmara Municipal do dia 15 de março de 1937, autorizou o prefeito municipal, Antônio Iguatemi Maritns, a receber, em doação, três áreas de terrenos dos herdeiros de Luís Marques Gaspar para oficialização das ruas projetadas 425 (D. Lara), 426 (Bolívar) e 311 (Colômbia).
Com cerca de 290m, a Rua D. Lara liga a R. Oswaldo Cruz ao canal 4.
Na Baixada Santista, além de Santos, somente São Vicente e Itanhaém dão a um de seus logradouros o nome do religioso.
