Sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima fazem apresentação em Guarujá | Boqnews
Espetáculo com sobreviventes da bomba de Hiroshima Foto: Divulgação

Cultura

30 DE JANEIRO DE 2023

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Sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima fazem apresentação em Guarujá

Será no dia 10/2, no Teatro Municipal Procópio Ferreira, às 20 horas

Por: Da Redação

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O único espetáculo teatral no mundo com sobreviventes da bomba de Hiroshima terá uma sessão gratuita em Guarujá.

No Teatro Municipal Procópio Ferreira, dia 10 de fevereiro (sábado) às 20 horas.

Portanto, a peça Os três sobreviventes de Hiroshima leva ao palco o ponto de vista de quem vivenciou o primeiro ataque nuclear da história e convive com as consequências desta tragédia humanitária. Dessa forma, enfatizando a importância da busca pela paz.

A apresentação reconstrói a história do jovem Takashi Morita (à época com 21 anos), e das crianças Kunihiko Bonkohara (5) e Junko Watanabe (2).

Eles  estavam em Hiroshima em 6 de agosto de 1945, dia em que a bomba denominada Little Boy foi lançada pelos americanos nesta cidade do Japão.

No entanto, os horrores deste episódio da história mundial são narrados pelos próprios sobreviventes.

Ou seja, com Bonkohara e Watanabe em cena e Morita em vídeo e interpretado pelo ator Ricardo Oshiro, no formato de teatro-documental, também conhecido como biodrama.

Detalhes

Os sobreviventes detalham o exato momento da fatídica explosão nuclear, os dias seguintes e a imigração para o Brasil, onde buscaram melhores oportunidades para suas vidas.

Tudo falado em português.

Ademais, as fotos originais e canções da época executadas pelos próprios imigrantes dão o clima da apresentação, que é sucesso de público por onde passa.

Ao todo, mais de 15 mil espectadores em cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Bauru, Presidente Prudente, entre outras.

Além disso, com roteiro e direção de Rogério Nagai, a peça deu origem ao projeto Sobreviventes pela Paz. Cuja ideia nasceu em 2012, a partir de pesquisas sobre a comunidade nipo-brasileira e a imigração japonesa no Brasil.

Portanto, o trabalho envolveu um criterioso levantamento durante 12 meses e mais quatro meses para desenvolver o roteiro e a montagem do espetáculo.

Dessa forma, a sessão em Guarujá é uma realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

Por meio de projeto contemplado pelo ProAC, e NAGAI Produções Artísticas e Culturais, que, desde 2011, desenvolve projetos artísticos e culturais, promove palestras, seminários e eventos corporativos.

O apoio é da Universidade Internacional da Paz (Unipaz ) filial Baixada Santista e Bar Heinz.

 

O bombardeio

No estágio final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba na cidade de Hiroshima.

Assim, três dias depois, em 9 de agosto de 1945, atingiram também Nagasaki. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia.

Desse modo, os números oficiais indicam entre 130 e 240 mil mortos como resultado destes que foram os primeiros e únicos ataques nucleares contra civis em toda a história. No Brasil, há cerca de 70 sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki.

Os sobreviventes

Takashi Morita tem 98 anos, nasceu em Hiroshima em fevereiro de 1924 e fazia parte da Academia Militar, tendo sobrevivido a um bombardeio incendiário em Tóquio, meses antes da bomba nuclear.

Dessa forma, fundou a Associação dos Sobreviventes da Bomba Atômica no Brasil, que depois passaria a se chamar Associação Hibakusha Brasil pela Paz, para reivindicar os direitos dos sobreviventes que viviam no Brasil.

Além disso, é autor do livro A última mensagem de Hiroshima, pela Universo dos Livros.

Kunihiko Bonkohara tem 82 anos, nasceu em Shizuoka e estava no escritório do pai no dia do ataque, a 2 quilômetros do epicentro da explosão. Perdeu mãe e irmã nessa tragédia, cresceu com a saúde debilitada e aos 20 anos, veio trabalhar nas lavouras do Paraná.

Também faz parte da Associação Hibakusha Brasil pela Paz.

Junko Watanabe tem 80 anos e foi atingida pela chuva negra (chuva radioativa) enquanto brincava com o irmão no pátio de um templo.

Do fatídico dia.

Como só tinha 2 anos, a família escondeu sua condição de sobrevivente de Hiroshima, tendo conhecimento apenas aos 38 anos.

Veio para o Brasil com 24 anos, casou-se com um japonês e também atua na Associação Hibakusha Brasil pela Paz.

Ingressos

A retirada antecipada dos ingressos é feita através da plataforma Sympla e na bilheteria (Av. Dom Pedro I, 350, Jardim Tejereba), no dia da apresentação, 60 minutos antes do início do espetáculo, sujeito a lotação máxima do teatro: 357 lugares, sendo 2 para cadeirantes.

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