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30 DE OUTUBRO DE 2009

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Visão multimídia

Conseguir trazer do futuro o que não existe no presente. Dessa maneira, o artista Márcio Donasci define sua paixão pelo trabalho contemporâneo que desenvolve, há 10 anos, por meio da arte. A pintura é o principal meio de expressão do artista que compõe os quadros com látex aplicado sobre vidro, mas a imagem de fato […]

Por: Da Redação

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Conseguir trazer do futuro o que não existe no presente. Dessa maneira, o artista Márcio Donasci define sua paixão pelo trabalho contemporâneo que desenvolve, há 10 anos, por meio da arte. A pintura é o principal meio de expressão do artista que compõe os quadros com látex aplicado sobre vidro, mas a imagem de fato se cria quando a luz incide sobre os desenhos e os reflete na parede e no chão- o chamado conceito hightlight.







 






O conceito trabalha com a luza natural: A obra é realizada a partir do reflexo da luz em ambientes e objetos
O conceito trabalha com a luza natural: A obra é realizada a partir do reflexo da luz em ambientes e objetos



Donasci descobriu o gosto pela pintura na cidade de Santos, onde nasceu. Ele conta que começou a pintar com seis anos e vendeu seu primeiro quadro com oito. “Depois disso não parei mais de pintar”, confessa.




Para se aperfeiçoar, cursou a faculdade de Artes na Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo. Apesar do investimento nos estudos, foi a experiência no exterior que deram às obras de Donasci projeção internacional. Em 1990 ele foi morar em Portugal, na Europa, com a intenção de estudar e conhecer alguns países. O reconhecimento veio por meio de alguns trabalhos que surgiram durante sua estada no país. “Dei sorte e comecei a fazer alguns trabalhos para a revista Marie Claire, na França, e outras revistas reconhecidas. Também  trabalhei para algumas  tvs. Meus trabalhos sempre envolviam comunicação”, comenta o artista, que retornou ao Brasil em 2003.

Donasci já expôs suas pinturas em Paris, Lisboa, Madri e Barcelona. Atualmente ele é o único brasileiro que tem um trabalho na Associação Francesa Lentretrise, qua abriga artistas contemporâneos do Leste Europeu. “Fui único a realizar uma exposição, sozinho, nessa galeria”, afirma.

Intervenção Urbana
Além das pinturas, Donasci também desenvolve trabalhos em ambientes urbanos. Determinados tipos de materiais abandonados na rua, como madeira e metal, são resgatados e transformados em obras de arte. No significado original, intervenção urbana é justamente isso. O termo é utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos. “Faço o trabalho no próprio local, transformando o espaço. Uso qualquer tipo objeto que encontro como tinta velha, cordas e metal. A obra sempre tem um significado e um conceito que se relaciona com a área que está sendo trabalhada”, explica.

O artista lembra de um projeto outsider, que desenvolveu para o Governo do Estado. A intervenção urbana foi realizada na Cracolânida e as obras deixadas no próprio local. Donasci garante que o resultado é positivo. “As pessoas se impressionam com a maneira pela qual materiais abandonados podem viram arte. Mesmo estando às ruas, as obras não são levadas e ficam ali mesmo”, diz

As obras desenvolvidas são continuadas no atelier de Donasci. A arte pública transforma-se em pintura e ganha um conceito diferenciado.  “Às vezes levo a obra para o meu atelier e desenvolvo outra peça”, complementa.

Hight Light
Quando a luz natural reflete em um ambiente ela cria diferentes formas e tamanhos. Algo tão simples é um prato cheio para novas ideias à Donasci. O conceito Hight Ligth é um dos trabalhos realizados pelo artista. A projeção de desenhos por intermédio da luz no espaço é considerado, para ele, o registro do acaso. “É possível criar muitas coisas. Desde pinturas e quadros até peças”, confirma.

A intervenção da luz no ambiente cria a possibilidade de pintar os locais e objetos do próprio local. “Já fiz esse trabalho em portas, janelas, e em artigos de decoração”, complementa.

Projetos
O artista, que mantém um atelier em São Paulo, confessa a intenção de realizar projetos na sua cidade natal. “Tenho vontade de abrir um atelier em Santos e expor meus trabalhos”, comenta. “ Acho que a Cidade tem uma carência na arte contemporânea, que está acontecendo em São Paulo e no mundo todo”, complementa.

A vontade de retornar ao litoral já é realidade e Donasci  tem um novo espaço, em Bertioga, onde realizará alguns trabalhos. “ É um lugar que me traz muitas boas memórias. Isso é importante para o artista”,diz.
Recentemente Donasci foi convidado a expor seus quadros na Bienal de Florença, na Itália. “Os curadores pesquisaram o conteúdo dos meus trabalhos durante um ano e fui convidado pelo Ministério da Cultura da Itália. Fiquei lisonjeado”, conta.

Apesar de reconhecer a importância do evento, Donasci não aceitou o convite. “Para estar na mostra eu teria que pagar uma quantia em euros. Não concordei em ter que pagar mas, entendo a proposta. É um trabalho voltado para elite e essa não é a minha praia”, argumenta.

Durante o mesmo período da Bienal na Itália, o artista estará participando de uma mostra em uma galeria de arte em Chelsea, famoso bairro de Manhattan, Nova Iorque. “Tinha esse convite para a mesma data. Então optei pela mostra em NY, que, além de não ter que pagar para expor meu trabalho, me identifico mais com a proposta”, diz. Vários artistas da França também irão participar”, acrescenta. Em relação a próximos projetos Donasci comenta a intenção de expor em outros continentes. “Quero ir à Àsia e Japão”, finaliza.

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