4º’Festival CRIE’ como quem LUTA leva arte e cultura à Aldeia Piaçaguera | Boqnews
Foto: Caju Cultura/Divulgação

Peruíbe

18 DE AGOSTO DE 2025

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4º’Festival CRIE’ como quem LUTA leva arte e cultura à Aldeia Piaçaguera

Evento gratuito terá feira, apresentações artísticas, exposições e rodas de conversa

Por: Da Redação

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Peruíbe recebe, no dia 6 de setembro (sábado), o 4º ‘Festival CRIE’ como quem LUTA – edição latino-americana. A programação acontece na Aldeia Piaçaguera (Praça Peruíbe, Terra Piaçaguera – Santa Cruz, Peruíbe – SP), das 13h às 20h, com entrada gratuita.

A aldeia da etnia Tupi-Guarani será palco de atividades com artistas e grupos locais, incluindo feira de artes visuais e artesanato indígena, exposição fotográfica, roda de conversa sobre o trabalho das mulheres na cultura, apresentações de música, dança, coral indígena e exibição de documentários.

Segundo a vice-cacique da Aldeia Piaçaguera, Juliana Prado Franchi, o festival fortalece a resistência cultural. “O Festival auxilia nossa luta e resistência ao mostrar o quanto nosso território e nossa cultura existem e resistem, mesmo diante de tantas dificuldades políticas e invasões. É um evento importante para dar visibilidade à nossa comunidade e aos eventos futuros”, afirma.

Troca artística entre cidades

Pela primeira vez, a Caju Cultura – coletivo que organiza o evento – realiza uma itinerância de programação e intercâmbio artístico. Cinco artistas de Peruíbe participaram de uma residência criativa com outras cinco artistas de Campinas, resultando em uma obra coletiva apresentada inicialmente entre 22 e 30 de agosto, em Campinas.

Agora, o público de Peruíbe poderá assistir à performance com Fabi Nascimento, Giovanna Luiza, Graziele Garbuio, Cunhã Kariri, Noelly Castro, Patrícia Santiago, Poty Porã, Vulcanica Pokaropa, Yandara Pimentel e Zênite Astra. A apresentação encerra a programação às 19h.

A gestora cultural Cassiane Tomilhero, responsável pela produção da itinerância em Peruíbe, destaca que a escolha da Terra Piaçaguera se conecta com a temática da edição. “Nada seria mais simbólico do que realizar na Terra Piaçaguera, que este ano completa 25 anos da retomada de seu território. É uma oportunidade de vivenciar esse espaço e a cultura indígena junto com a programação”, afirma.

História e importância da aldeia

A Aldeia Piaçaguera é a mais antiga das 12 que ocupam a Terra Indígena Piaçaguera, localizada na divisa de Itanhaém e Peruíbe. Os primeiros registros datam de 1542. Desde então, a luta pela retomada e preservação do território é constante. A busca pela Yve Marãey – a terra sem males – representa o objetivo de viver a cultura em harmonia com a natureza.

Programação

13h às 20h – Feira de artes visuais e artesanato indígena
Artesãos das aldeias de Peruíbe expõem e comercializam biojoias, objetos tradicionais, peças decorativas, instrumentos musicais, fitoterápicos e outros trabalhos que representam a cultura Tupi-Guarani.

13h – Abertura da exposição de fotografias, de Carol Bolanho e Morgana Costa
Olhares sobre o tema “Espaço” e a presença das mulheres na diversidade cultural e territorial de Peruíbe, além de imagens históricas da Aldeia Piaçaguera.

13h15 – Roda de conversa: O trabalho das mulheres no campo da cultura
Debate sobre papéis de gênero, desafios e resistência. Convidadas: Adriana Lima, Itamirim e Patrícia Vignoli. Mediação: Cassiane Tomilhero.

15h – Música: O Canto de Orquídeas, com Catalina Gil
Repertório autoral e tradicional latino-americano com influências do bolero e música andina.

15h30 – Dança: Avessos, com Andréa Soares
Intervenção performática sobre as dualidades humanas.

16h – Documentário: Trajetórias da ECOSOL de Peruíbe, de Valdirene Correia
Memória da Economia Solidária no município e sua transição para o agroecológico.

16h45 – Coral Nhande tsy ywy – Mãe Terra
Grupo da Aldeia Piaçaguera que celebra a espiritualidade Tupi-Guarani.

17h15 – Música: Maré de Dentro, com Coletivo Mulheres de Maré
Performance musical sobre a força feminina e as lutas diárias das mulheres.

18h – Audiovisual: Ydjary, a lenda viva das águas
História dramatizada sobre resistência feminina na cultura indígena.

18h30 – Música: Originárias DJEIÁ – Vozes e Danças da Terra
Espetáculo com músicas em português e Tupi-Guarani, conectando tradição e modernidade.

19h – Mostra da Residência Artística
Performance coletiva com artistas de Peruíbe e Campinas, encerrando o festival.

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