As cabines de pedágio localizadas no km 32 da Imigrantes e 31 da Anchieta estão com os dias contados.
É o que o garante o governador Tarcísio de Freitas.
Em entrevista ao jornalista Leopoldo Figueiredo, do portal BE News, o governador ratificou que as praças de pedágios no sistema Anchieta-Imigrantes serão substituídas pelo sistema Free-Flow.
Ele tratou sobre o assunto com empresários do setor portuário na última sexta.
A previsão é que a alteração ocorra em 2026. Freitas, porém, não cravou a data.
“A alteração vai agilizar e diminuir o tempo de viagem dos motoristas”, destacou.
Atualmente, as cabines de pedágio são mantidas conforme previsto no contrato firmado entre a Ecovias e o governo paulista.
A empresa venceu a concorrência ainda na gestão do governador Mario Covas no final do século passado.
Trata-se do mesmo sistema já em operação em diversas países do mundo e que está sendo implantando em estradas paulistas.
Aliás, alvo de críticas por parte de moradores das cidades atingidas, conforme apontam pesquisas divulgadas pela imprensa.
O governo paulista prevê instalação de 58 pórticos eletrônicos em rodovias estaduais nos atuais contratos concedidos à iniciativa privada até 2030.
O sistema Free Flow permite que motoristas trafeguem sem a necessidade de parar em praças físicas de pedágio.
Assim, a ideia é que eles sejam implantados nos mesmos locais onde estão as duas praças de pedágio – tanto na Anchieta, como na Imigrantes (kms 31 e 32, respectivamente).
A diferença é que o valor da tarifa – hoje de R$ 38,70 apenas na descida – será dividida pela metade, com a implantação de pórticos também na subida em ambas as estradas.
Ou seja, mantendo o mesmo preço do pedágio da tarifa cobrada uma única vez.
Martírio
Atualmente, mesmo que têm tags instaladas em seus veículos enfrenta dificuldades para chegar às cabines de livre acesso diante do elevado volume de carros que aguardam a passagem nas cabines da Ecovias.
Em vários momentos, os congestionamentos se tornaram comuns.
Ou seja, diante das extensas filas, a demora para descer ao litoral chega a horas – especialmente aos finais de semana de sol e calor.
No domingo passado, por exemplo, a fila se estendia da praça do pedágio do Km 32 da Imigrantes até o posto da Polícia Rodoviária.
Distância superior a sete quilômetros de fila.
Dessa forma, obrigando motoristas a esperar por mais de 2 horas para descer ao litoral.
Já com o free flow, o fluxo é contínuo com a passagem pelos portais instalados.
Caberá ao motorista instalar tags da sua preferência – alguns bancos, inclusive, oferecem esta facilidade, sem cobrança de taxas de manutenção, mantendo a cobrança em débito no cartão de crédito.
Ou pagar posteriormente o valor do pedágio no portal da concessionária, sob o risco de evasão fiscal, caso não proceda dentro do prazo determinado (15 dias, em média).
Outras também?
O governador, porém, não explicou se a mudança ocorrerá apenas nas praças de pedágio da Anchieta e Imigrantes ou em todo o complexo, envolvendo os acessos para cidades como Diadema e São Bernardo do Campo, por exemplo, via Imigrantes.
Além da Cônego Domênico Rangoni e da Padre Manoel da Nóbrega.
Atualmente, o sistema Anchieta-Imigrantes é composto por quatro pedágios na Imigrantes (sentido descida) e um na Anchieta.
Além do Km 250 da Cônego Domênico Rangoni e no Km 280 da Padre Manoel da Nóbrega.
As tarifas variam de R$ 3,10 (km 16 – Imigrantes) até R$ 38,70 (tarifa completa na Imigrantes e Anchieta).
A mudança no valor da tarifa, conforme contrato, ocorre a cada 1º de julho de cada ano.
Também no litoral
Aliás, a partir de novembro as primeiras unidades free flow começam a operar no litoral, por meio da CNL – Concessionária Nova Litoral.
A empresa venceu a licitação da concessão de 213 quilômetros de rodovias que ligam o Alto Tietê ao litoral sul do Estado de São Paulo.
Ao todo, serão 15 pórticos, conforme a licitação.
Ficarão ao longo da Mogi-Bertioga, além de Bertioga, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e cidades do Vale do Ribeira.
Em troca, melhorias, como duplicação das pistas, vão ocorrer.
Sem respostas
Indagada, a Ecovias preferiu não se pronunciar e apontou que caberia à Artesp – Agência Reguladora do Transporte no Estado responder.
Contatada, a empresa não retornou à Reportagem.
Tão logo ocorra algum posicionamento, haverá inclusão do mesmo.
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