Governo de SP fará desassoreamento de rio e contenção de encostas em Peruíbe | Boqnews
Foto: Sérgio Barzaghi/Governo de SP

meio ambiente

15 DE JANEIRO DE 2025

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Governo de SP fará desassoreamento de rio e contenção de encostas em Peruíbe

A prefeitura de Peruíbe definirá as áreas provisórias para secagem do material e o local para destinação final dos sedimentos retirados

Por: Da Redação

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O Governo de São Paulo iniciou o envio de equipamentos e equipe para a cidade de Peruíbe, na Baixada Santista para realizar o desassoreamento do Rio Preto. O procedimento, que consiste na retirada de sedimentos no curso d’água, melhora o escoamento das chuvas na cidade. Assim como, contribui para minimizar o risco de novas enchentes e alagamentos. Duas obras de contenção de encostas na Estrada do Guaraú também serão liberadas.

A estimativa é que as máquinas cheguem à região nesta quarta-feira (15). Uma escavadeira, uma barcaça que será montada no local, uma prancha para transporte e caminhões serão disponibilizados para o procedimento de desassoreamento. A prefeitura de Peruíbe definirá as áreas provisórias para secagem do material e o local para destinação final dos sedimentos retirados.

O desassoreamento do Rio Preto é uma ação importante para melhorar o escoamento. Esse trabalho retira sedimentos como argila, areia e materiais diversos de dentro do rio. Portanto, o que melhora o fluxo no leito, contribuindo para absorver as chuvas – ou seja, a capacidade de o curso d’água receber o volume trazido por temporais. Já as duas obras de contenção serão realizadas em pontos que sofreram deslizamentos causados pelo grande volume de chuva.

No último final de semana, integrantes da SP Águas já haviam feito uma visita técnica com a equipe do município para planejar ações de apoio no combate a enchentes. No dia 9 deste mês, o volume de chuvas chegou a 290 mm em Peruíbe, mais do que o esperado para o mês inteiro de janeiro. Durante o encontro, houve discussão das formas de o estado auxiliar a prefeitura, assim como a avaliação dos pontos de atuação, da logística de intervenção, dos equipamentos a serem utilizados e das liberações necessárias.

Ajuda humanitária

O Governo de São Paulo também encaminhou ajuda humanitária às famílias afetadas. Os desabrigados receberam materiais enviados pela Defesa Civil e pelo Fundo Social do Estado de SP. Ao todo, já foram destinadas mais de 30 toneladas em materiais, contendo cestas básicas, colchões, itens de higiene e limpeza, além de absorventes, toalhas, roupas e brinquedos.

Além disso, o governo também já homologou o decreto de situação de emergência publicado pelo município.

Durante as ações de salvamento, as equipes resgataram cerca de 100 animais. Dessa maneira, incluindo o “Caramelo de Peruíbe”, um cavalo que foi colocado sobre a laje de uma casa por sua tutora quando as águas subiram. Os animais receberam ração e água dos agentes.

Outras ações no litoral

O governo de São Paulo possui outras ações em andamento no litoral paulista para auxiliar os municípios no serviço de drenagem.

Desse modo, em novembro passado, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, esteve no município de São Vicente, na Baixada Santista, para visitar as obras de recuperação dos canais de drenagem e canalização na avenida Eduardo Souto.

Além disso, a iniciativa tem como objetivo beneficiar os moradores da cidade que sofrem com as fortes enchentes e os frequentes alagamentos devido às chuvas e períodos de maré alta.

No total, 335 mil pessoas que frequentam a região serão beneficiadas com as obras. O investimento de R$ 30,5 milhões vai reduzir o risco de alagamentos que historicamente atingem os bairros Cidade Náutica e Vila Jóquei Club. A intervenção inclui a recuperação da estrutura hidráulica dos canais de drenagem existentes e a implantação de comportas para controlar o fluxo de água. Portanto, impedindo que a maré alta interfira no sistema e cause o transbordamento.

Já no litoral norte, por meio da Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria, está sendo realizado um processo de recuperação ambiental da Vila Sahy, bairro mais afetado pelos deslizamentos de 2023. O intuito é a restauração ecológica e proteção da área, com foco na recuperação das cicatrizes das encostas e da Mata Atlântica devastada.

Cobertura vegetal

Atualmente, a cobertura vegetal tem ajudado a garantir maior estabilidade das encostas e evitado o carreamento de lama para a comunidade. Desde 2023, mais de 200 hectares estão sendo restaurados por meio de tecnologias inovadoras. Dessa forma, com o uso de drones agrícolas que realizam a dispersão aérea de sementes nativas em biocápsulas biodegradáveis.

Sendo assim, o destaque é a utilização de drones para dispersar as sementes de espécies nativas da Mata Atlântica. Essa abordagem otimiza a germinação e alcança áreas de difícil acesso, como as encostas íngremes. Desde o início do projeto, em janeiro de 2024, foram aproximadamente 350 kg de sementes dispersadas nas regiões atingidas pelos deslizamentos. Portanto, o que equivale a quase 1 milhão de sementes.

Desse modo, houve prioridades para as espécies pioneiras, como guapuruvu, embaúba e crindiúva, pois são adaptadas ao ecossistema local e contribuem para a rápida regeneração da vegetação. A expectativa é que, até 2026, 70% da área afetada pelos deslizamentos esteja recoberta por vegetação nativa.

 

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