Ajuda humanitária
O Governo de São Paulo também encaminhou ajuda humanitária às famílias afetadas. Os desabrigados receberam materiais enviados pela Defesa Civil e pelo Fundo Social do Estado de SP. Ao todo, já foram destinadas mais de 30 toneladas em materiais, contendo cestas básicas, colchões, itens de higiene e limpeza, além de absorventes, toalhas, roupas e brinquedos.
Além disso, o governo também já homologou o decreto de situação de emergência publicado pelo município.
Durante as ações de salvamento, as equipes resgataram cerca de 100 animais. Dessa maneira, incluindo o “Caramelo de Peruíbe”, um cavalo que foi colocado sobre a laje de uma casa por sua tutora quando as águas subiram. Os animais receberam ração e água dos agentes.
Outras ações no litoral
O governo de São Paulo possui outras ações em andamento no litoral paulista para auxiliar os municípios no serviço de drenagem.
Desse modo, em novembro passado, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, esteve no município de São Vicente, na Baixada Santista, para visitar as obras de recuperação dos canais de drenagem e canalização na avenida Eduardo Souto.
Além disso, a iniciativa tem como objetivo beneficiar os moradores da cidade que sofrem com as fortes enchentes e os frequentes alagamentos devido às chuvas e períodos de maré alta.
No total, 335 mil pessoas que frequentam a região serão beneficiadas com as obras. O investimento de R$ 30,5 milhões vai reduzir o risco de alagamentos que historicamente atingem os bairros Cidade Náutica e Vila Jóquei Club. A intervenção inclui a recuperação da estrutura hidráulica dos canais de drenagem existentes e a implantação de comportas para controlar o fluxo de água. Portanto, impedindo que a maré alta interfira no sistema e cause o transbordamento.
Já no litoral norte, por meio da Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria, está sendo realizado um processo de recuperação ambiental da Vila Sahy, bairro mais afetado pelos deslizamentos de 2023. O intuito é a restauração ecológica e proteção da área, com foco na recuperação das cicatrizes das encostas e da Mata Atlântica devastada.
Cobertura vegetal
Atualmente, a cobertura vegetal tem ajudado a garantir maior estabilidade das encostas e evitado o carreamento de lama para a comunidade. Desde 2023, mais de 200 hectares estão sendo restaurados por meio de tecnologias inovadoras. Dessa forma, com o uso de drones agrícolas que realizam a dispersão aérea de sementes nativas em biocápsulas biodegradáveis.
Sendo assim, o destaque é a utilização de drones para dispersar as sementes de espécies nativas da Mata Atlântica. Essa abordagem otimiza a germinação e alcança áreas de difícil acesso, como as encostas íngremes. Desde o início do projeto, em janeiro de 2024, foram aproximadamente 350 kg de sementes dispersadas nas regiões atingidas pelos deslizamentos. Portanto, o que equivale a quase 1 milhão de sementes.
Desse modo, houve prioridades para as espécies pioneiras, como guapuruvu, embaúba e crindiúva, pois são adaptadas ao ecossistema local e contribuem para a rápida regeneração da vegetação. A expectativa é que, até 2026, 70% da área afetada pelos deslizamentos esteja recoberta por vegetação nativa.