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Foto: Carla Oliveira

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26 DE SETEMBRO DE 2025

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Investimentos buscam reduzir déficit social em São Vicente

Prefeito de São Vicente, Kayo Amado fala das ações para reduzir déficit social da Cidade, afinal 1 em cada 4 moradores vivem em favelas

Por: Da Redação

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São Vicente tem presenciado uma fase de transformação, com avanços e na busca por um futuro promissor, com diversas oportunidades para seus cidadãos. Para ter noção, foi divulgado recentemente o Ranking de Competitividade dos Municípios, estudo cuja finalidade é monitorar o avanço de 400 cidades acima dos 80 mil habitantes na gestão pública e contribuir para que a iniciativa privada possa balizar locais com potencial para investimentos.

O estudo aponta o crescimento de São Vicente, que subiu 21 posições na classificação geral em relação a 2024, fato destacado pelo prefeito Kayo Amado durante o programa Jornal Enfoque de segunda-feira (22). Ele abordou vários temas no programa, disponível no canal youtube.com/boqnewstv.

 

VLT

Jornal Enfoque – Como estão as obras do VLT, pois além da mobilidade, ele auxiliará no desenvolvimento, especialmente para a Área Continental de São Vicente?

Kayo Amado – É a obra da década, vai encurtar os caminhos dos trabalhadores e estudantes. Estamos acompanhando os detalhes dessa obra. Nossos agentes de trânsito fazem um trabalho de logística para que não interrompa o fluxo da ponte.  Hoje, a obra está avançando bem. E o segundo trecho, que é a obra pós ponte, nós recebemos a notícia de que a CPTM e naturalmente a Artesp, a agência reguladora que vai acompanhar. Estamos identificando que eles já têm, por exemplo, quem vai explorar o VLT. Então, já executa a obra, insere isso no custo de contrato e assim você consegue ter uma obra mais rápida. Hoje, temos um cronograma para o VLT estar operando na área continental até o segundo semestre de 2028.

Naturalmente, o VLT vai induzir desenvolvimento, vai valorizar os imóveis, mas ele vai essencialmente enfrentar a desigualdade, pois vai aproximar quem mais precisa do transporte coletivo rápido. Na área insular, isso já é visível, você pensa na linha amarela antes e depois de um VLT, por exemplo.

 

Poligonal do Porto

JE – Quais as perspectivas e os planos para a cidade com a poligonal do Porto?

KA – Nós fazemos um trabalho técnico de gestão e planejamento justamente para esse objetivo de induzir o desenvolvimento. Quando nós vamos para Área Continental e enxergamos muitas vezes os terrenos sendo especulados de uma forma irregular por grileiros, coisas complexas que aconteciam, assim você começa a enxergar uma cidade que vai crescendo, desorganizada por meio de invasões e fala: ‘Aqui é a janela de oportunidade que temos para induzir a economia do ponto de vista industrial e do ponto de vista portuário.’

Com isso, olhamos para o trecho da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega e enxergamos uma janela de oportunidade de terrenos disponíveis. ‘Qual é o desafio?’ Documental. Muitos desses terrenos tinham problemas, entraves documentais, não tinham matrículas, eram espólios e até hoje as questões ambientais.

Então, um a um, temos feito um trabalho de desbloquear esses terrenos, de ajudar. Muitas vezes vem um empresário interessado e fala: “Olha, do ponto de vista da prefeitura, estão aqui as informações. Agora precisa resolver o outro lado, o lado negocial”. Então, a gente tem feito um trabalho de ordenar e de incentivar que esse trecho da rodovia Padre Manuel da Nóbrega seja ocupado.

E é justamente dentro desse desenho que fomos até o Porto, se aproximando do presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, e com isso conseguiu indicar que um pedaço de área ao lado do Humaitá fosse inserido na poligonal do Porto. Estamos falando de 1 milhão de metros quadrados, uma área gigantesca, onde a gente já começa a sentir os efeitos, mesmo sem a poligonal ter se consolidado, porque isso de alguma forma fez o empresário do setor olhar e falar: ‘Nossa, mas eu nunca tinha pensado em São Vicente, nem sabia que São Vicente tinha área’.

 

Segurança

JE – Foram divulgados vídeos na semana passada de motoristas dirigindo pela contramão na Ponte do Mar Pequeno por conta de assalto e um arrastão na linha amarela. O que fazer?

KA – Nós precisamos do apoio da Polícia mais do que nunca. A cidade precisa de um novo batalhão. Está mais que claro isso, evidenciado por todos os desafios que temos. As operações feitas são importantes, mas devemos ter uma presença preventiva. Então, isso só é possível quando aumentarmos o número do batalhão e com isso um efetivo que vem junto com ele. Temos hoje o 39º BPM/I, mas é insuficiente. A gente precisa de estruturas mais fortes e consolidadas aqui. Então, temos feito um trabalho com a Polícia Militar, com objetivo de eventualmente ceder áreas e eles poderem construir novas unidades, justamente para gente evitar coisas assim. Temos reforçado a Guarda Municipal. A guarda é um órgão de suporte, de apoio. A gente tem fortalecido, mas não há como se enfrentar tudo isso se a gente não tiver o apoio da polícia.

 

Instituto Federal

JE – Como que estão as tratativas para o futuro Instituto Federal na cidade?

KA – O futuro instituto vai revitalizar aquela área (antigo Centro de Convenções). O Instituto Federal vai mudar a vida de 1.200 pessoas. Esse Instituto não terá apenas o médio técnico, mas também toda a estrutura para habilitar o curso superior. Estamos discutindo nessas audiências públicas, os eixos de conhecimento que ele trataria. O eixo de informação e comunicação é um dos cursos que terão. Por exemplo, cursos mais voltados à área de tecnologia, internet das coisas, desenvolvimento de sistemas, inteligência artificial. São os empregos do futuro que a gente imagina. Então, nós queremos isso no nosso campus e também a discussão sobre um eixo voltado à área de saúde, onde possamos formar técnicos de enfermagem, enfermeiros e habilitar outros cursos também de nutrição, cuidador de idosos. É uma área de emprego presente na sociedade e que não vai acabar.

 

Geração de empregos

JE – Com tantos projetos para a Baixada Santista, túnel Santos-Guarujá, poligonal do Porto, arena do Santos FC, terceira pista da Imigrantes, a região terá mão de obra qualificada ou teremos que importar de outras cidades?

KA – Nós obviamente acompanhamos todos esses assuntos. Acabou de sair um indicador nacional dos 400 maiores municípios acima de 80 mil habitantes. São Vicente cresceu 21 posições no ranking de competitividade entre os municípios. Na parte de qualificação da mão de obra, a cidade cresceu 126 posições nesse ranking. Então, são coisas que a gente tem trabalhado e com esse objetivo de fazer o jovem ter mais oportunidades. Oferecemos cursos na prefeitura, na Secretaria de Emprego e Trabalho e Renda, no Fundo Social. A gente oferece cursos dialogando com o SENAI. Agora, o Instituto Federal está vindo. Então, estamos super atentos a toda essa movimentação de grandes obras, para formar os profissionais que vão trabalhar nelas. Então, posso dizer que assim, a gente está numa crescente nesse sentido. Eu acredito muito que a base dessa pirâmide é investir na educação de qualidade.

 

Saúde

JE – Sobre a nova maternidade, como está o andamento das obras?

KA – Temos um serviço de maternidade hoje que nesse momento funciona dentro do Hospital São José e tinha um convênio de R$ 500.000 mês. Fomos até o Governo do Estado inúmeras vezes para mostrar para eles que na verdade a gente gasta R$ 2,5 milhões por mês para atender as mães. E aquela estrutura é uma estrutura que, infelizmente, não estava adequada para atender. Então a gente já estava em vias de saída. Conseguimos por meio da Fundação Lusíada construir a estrutura nova. E, em paralelo sobre aquele pleito que tínhamos para o Governo do Estado de sair dos atuais  R$ 500 mil para 2,5 milhões, conseguimos, dentro da logística deles de tabela SUS, R$ 1,5 milhão para a manutenção do hospital.

Então, estamos em vias do prédio ficar pronto e entregue para nós. São os últimos ajustes da Vigilância Sanitária. E, em paralelo a isso, a gente tem também a aquisição dos equipamentos que serão colocados lá. Toda essa compra também está em andamento, graças a recursos de emendas parlamentares de deputados.

Então, a gente vai ter também a inauguração da maternidade assim que a gente conseguir finalizar esses últimos detalhes burocráticos e eu acredito que seja ali dentro do primeiro semestre do próximo ano.

 

Outro lado

Além disso, o único serviço que existe entre a prefeitura com o hospital São José, que completou 107 anos na última sexta, é a maternidade. Com o fim do serviço, o elo público com o hospital acabará.

Durante participação do programa Jornal Enfoque de quinta-feira (26), o provedor do Hospital São José, Carlos Gigliotti e o vice-provedor, Paulo Eduardo Costa comentaram sobre a saída da maternidade do hospital.

“Durante 11 meses, a prefeitura utilizou-se do Hospital São José e nós contribuímos para salvar milhares de vidas na pandemia, provando que numa parceria com vontade política do prefeito e a Santa Casa de São Vicente, nós estaríamos de portas e janelas abertas para atender a população. Na minha modesta e humilde análise, ele tem uma visão equivocada de saúde pública, preferiu ir para outro lado”, comentou o provedor Gigliotti.

Sem o serviço, pelo menos R$ 150 mil deixarão de entrar no caixa do hospital, que convive até hoje com os efeitos negativos da intervenção ocorrida nos anos 90 feita pela prefeitura vicentina no governo do prefeito Luca. A instituição, que atende planos de saúde e particular, busca alternativas para suprir a futura queda no repasse dos recursos. O hospital tem 229 funcionários. Ambos programas estão disponíveis em youtube.com/boqnewstv.

 

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