Nesta quarta-feira (29) completa-se uma semana da decisão britânica em sair da União Europeia. Desde então, o fato histórico gera a cada dia novas consequências. Na sexta-feira, um dia após o resultado do plebiscito em que 52% aprovaram a saída do Reino Unido, o premiê britânico David Cameron já anunciou sua renúncia.
E nesta quarta é o segundo dia de reuniões do Parlamento Europeu, em Bruxelas, para discutir as ações que devem ser tomadas e as consequências desta decisão, após o referendo Brexit. Sem a presença do Reino Unido, participam do encontro representantes dos outros 27 estados-membros. É a primeira vez, em 40 anos, que o Reino Unido fica de fora das negociações. Diante do cenário de crise, os parlamentares fazem um apelo para que o governo britânico invoque o Artigo 50 do Tratado de Lisboa. O artigo estabelece que a saída de um país pode levar dois anos e diz que qualquer Estado-Membro que decida retirar-se da União deve notificar a sua intenção ao Conselho Europeu.
Um fato que deve afetar as vida de milhares de brasileiros que vivem no Reino Unido e de tantos outros imigrantes. Para a brasileira Roberta Rodrigues, que mora com o marido que é santista na Inglaterra, todo este movimento vai causar bastante impacto na comunidade europeia. “Morgan Stanley falou que 2 mil posições nas parte financeira de Londres serão movidas para Frankfurt ou Irlanda. Está feio o negócio. E o que mais motivou esta saída foi o fato de imigração. Eles querem controlar as bordas deles, mas isso vai causar muito impacto”, acredita.