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Covid-19

04 DE MARÇO DE 2021

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Levantamento da Abramet revela explosão de vítimas fatais pela Covid no Brasil

Brasil e Estado de SP registram recorde de casos, com taxa de crescimento de quase 20% em uma semana. Interior também preocupa. Litoral tem números melhores

Por: Fernando De Maria

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Os números são cruéis.

O País tem registrado sucessivos recordes de mortes pela Covid-19, em uma escalada sem fim.

Nesta quarta (3), o País registrou o maior índice de mortes: 1.910, segundo o próprio Ministério da Saúde, ultrapassando o maior número registrado no dia anterior, com 1.641 vítimas fatais.

Oficialmente, 259.271 brasileiros já perderam a vida para a doença causada pelo vírus.

Assim, a situação fica ainda mais crítica quando os números – olhados de forma isolada – ganham possibilidade de comparação.

Dessa forma, permite-se ter uma noção ampla da atual situação do Brasil neste momento.

Este é o trabalho que profissionais da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego têm realizado desde o início da pandemia.

E os gráficos revelam claramente o atual cenário do País – e de outras nações também.

Algo, aliás, já previsível.

O Brasil vive o seu pior momento no controle da doença, ainda que as vacinas – mesmo em ritmo abaixo do ideal – estejam sendo aplicadas.

 

Antecipando os fatos

Em 24 de fevereiro, a Abramet adiantou a realidade que o País vivencia hoje – e que tende a piorar nas duas próximas semanas.

Aliás, justificativa para o fechamento das atividades comerciais nas duas próximas semanas, a vigorar a partir deste sábado (6) até o dia 19, conforme determinação do governo do Estado, que colocou todo o estado na fase vermelha, a mais restritiva.

“Em algumas poucas semanas, outros países vão se preocupar com o Brasil, mais do que nós mesmos”, anteviu o coordenador do estudo, Carlos Eid, do comitê de contingenciamento da Abramet.

No levantamento concluído ontem (3) pela associação, o Brasil já registrou a sua pior semana no combate à doença.

Foram 9.314 vítimas fatais, com alta de 18,4% em relação à semana anterior.

Índice semelhante ao estado de São Paulo, com 1.853 mortes, alta de 18,1% na comparação de uma semana – a terceira pior desde o início da pandemia.

 

 

Baixada Santista

Ainda que o cenário na Baixada Santista seja melhor que boa parte dos municípios paulistas, especialmente no tocante às vagas de leitos hospitalares, a situação preocupa.

A Baixada registrou elevação de 38,6% nas mortes na última semana, saindo de 44 na última semana de fevereiro para 61 agora.

Santos foi a principal responsável por esta elevação.

A cidade apresentou uma alta de mortes na última semana (taxa de 5,1/100 mil), dobrando de 11 para 22.

Assim, vale lembrar que o Município é o terceiro colocado no triste ranking de mortalidade pela Covid por 100 mil habitantes.

São 255,7, perdendo apenas de Manaus (AM), com 354,5/100 mil, e a cidade do Rio de Janeiro, com 281,4.

São Vicente também registrou alta, de  5 para 9 vítimas fatais.

Bertioga, de 1 para 2.

Por sua vez, Guarujá reduziu de 10 para 8 mortes, assim como Praia Grande, de 6 para 5 – entre os municípios mais populosos da região é o que registra os melhores indicadores, menos das médias paulista e nacional.

 

 

Interior 

Os números ajudam a explicar os motivos da preocupação dos profissionais da saúde com o risco de colapso no atendimento à população.

E o risco de novas tragédias, como a falta de assistência já registrada nos estados do Amazonas e Santa Catarina.

Na comparação entre as duas semanas (24 de fevereiro e 3 de março), Ribeirão Preto, por exemplo, teve aumento de 19 para 36 mortes, quase 100%.

São José do Rio Preto, quarta cidade com mais mortalidade por 100 mil habitantes, registrou 24 mortes na semana, o maior índice desde 3 de fevereiro.

Além disso, Marília foi na mesma linha: alta de 4 para 10 mortes.

Até Taubaté (quadro), cuja média semanal de mortes era de 1 a 2 casos/semana, registrou somente nesta quarta (3) a morte de 6 idosos pela doença – não computado pelo gráfico.

Situação semelhante a Araraquara, modelo de controle até o final do ano passado, cuja média semanal variava de 1 a 8 mortes / semana.

E há duas semanas consecutivas, já registrou média semanal de 27 mortes.

Campinas também registra elevação, saindo de 49 para 68 mortes em uma semana.

Na Grande São Paulo, Osasco subiu de 10 para 26 e Santo André viu a taxa de mortalidade explodir, de 27 para 65 moradores, vítimas da Covid.

Já São Bernardo do Campo registrou diminuição, saindo de 118 – recorde desde o início da pandemia – no final de fevereiro para 42 neste início de mês..

 

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