Cheque especial de clientes que estão no vermelho ganharão uma nova opção de parcelamento da dívida, com juros mais baixos.
O benefício, porém, vai passar a valer apenas a partir de julho.
A decisão foi anunciada hoje (10) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Cada banco vai definir a taxa de juros dessa nova modalidade.
O cheque especial é uma das modalidades de crédito com taxas de juros mais altas.
Enfim, em fevereiro, chegou a 324,12% ao ano.
A taxa média do crédito livre para as famílias ficou em 57,72% ao ano.
“Pelas novas regras, as instituições financeiras terão sempre disponíveis ao consumidor uma alternativa mais barata para parcelamento do saldo devedor do cheque especial”, disse a Febraban, em nota.
De acordo com a entidade, os consumidores que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos vão receber a oferta de parcelamento.
“A oferta será feita nos canais de relacionamento e o cliente decide se adere ou não à proposta. Caso não aceite, nova oferta deverá ser feita a cada 30 dias”, explicou a Febraban.
Cheque especial – manter limites de crédito
“Caso o consumidor opte pelo parcelamento do saldo devedor, os bancos poderão manter os limites de crédito contratados”, informa a Febraban.
“Isso leva em consideração as condições de crédito do consumidor”, destaca.
E ainda: “Estabelecer novas condições para a utilização e pagamento do valor correspondente ao limite ainda não utilizado e que não tenha sido objeto do parcelamento”, disse a Febraban.
A Febraban informou que o valor do limite de crédito do cheque especialdeverá ser informado nos extratos de forma clara e apartada.
Assim, não pode ser confundido com valores mantidos em depósito pelo consumidor na conta corrente.
Saldo do cheque especial
Segundo dados do Banco Central, em janeiro de 2018 o saldo da carteira de crédito do cheque especial era de R$ 24,3 bilhões.
O montante representa 1,5% do total das operações com pessoas físicas (R$ 1,657 trilhão).
Do mesmo modo, 0,8% do saldo das operações do Sistema Financeiro Nacional (R$ 3,066 bilhões).
Se comparado com o volume total de operações com recursos livres , o cheque especial representa 2,8% dessas operações.
Os bancos têm autonomia para definir os juros.