Com ondas de golpes financeiros, confira formas de evitar prejuízos | Boqnews
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Economia

17 DE MARÇO DE 2023

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Com ondas de golpes financeiros, confira formas de evitar prejuízos

Segundo especialista, clonagem de dados e falsificação do PIX são os golpes mais comuns

Por: Vinícius Dantas
Da Redação

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O caso de golpe financeiro com criptomoedas envolvendo jogadores do Palmeiras ganhou grande repercussão.

Os atletas Gustavo Scarpa e Mayke investiram, respectivamente, R$ 6 milhões e R$ 4 milhões em criptomoedas no ano de 2020.

Com a promessa de retorno financeiro da ordem de 5% ao mês, taxa muito acima da média do mercado.

Passados dois anos, o que se constatou foi o “sumiço” do dinheiro empregado e um processo judicial aberto para apurar responsabilidades.

Segundo informações da Agência Brasil, mais de 8 milhões de brasileiros caíram em golpes financeiros no intervalo de 12 meses, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil.

Redobrar a atenção

O advogado especialista em Direito do Consumidor e professor-doutor Rafael Quaresma comentou sobre como ficar atento a esses golpes financeiros. “Dica de ouro é desconfiar de promessas mirabolantes, resultados que são fora da média de mercado, remuneração, taxa de retorno muito acima da média. Já é para o interessado acender o alerta, ficar atento, pois não tem milagre.

Afinal, é impossível ter uma média de remuneração, algum investimento, ainda que seja uma novidade ou algo diferenciado ao prometer uma rentabilidade muito superior do que a média praticada. Quando há essa promessa, o investidor tem que ficar atento”.

Recomendações

Sobre as características, ele cita que prometer a rentabilidade diferente do que se tem como média é comum.

Além disso, também existe a locação do recurso por um tempo maior.

“Você precisa investir e dispor por um tempo de carência que é significativo. Se não houver essa disponibilidade, não temos como garantir esse retorno”.

Ele destaca a importância de fazer a escolha certa. “Assim como o consumidor faz para escolher o seu prestador de serviço e o fornecedor de determinado produto, ele deve conhecer a reputação da consultoria de investimento. Quanto tempo ela está no mercado, qual volume que transaciona, quais produtos oferece, qual o lastro da criptomoeda. O que temos em relação a essa garantia, qual seria o risco e lembrar sempre do perfil?

Se não há familiaridade com investimentos mais arrojados, se o perfil é conservador ou moderado, jamais vou considerar criptomoedas e fazer um investimento fora do meu perfil.

Ainda que eu queira arriscar, alguns tem essa pretensão, eu farei com valor ínfimo do meu orçamento. Se tenho uma quantia a ser aplicada, vou destinar um percentual pequeno, 5, no máximo 10% desse valor, jamais 100% dos meus recursos no investimento que é fora do meu perfil”.

Portanto, a pesquisa é fundamental e importante ser bem analisada para a prevenção de prejuízos, desde dos baixos até os mais altos.

Recuperação

Uma outra dúvida é saber até que ponto existe o direito do consumidor ao investir em algo sem sucesso. “Talvez não temos necessariamente uma relação de consumo, uma aplicação de Código de Defesa do Consumidor se aquele que for investidor não preencher esse requisito. É necessário verificar, mas ainda que se admita relação como de consumo, é preciso ficar atento à condição econômica, situação financeira dessa consultoria, se ela tem lastro? Ela garante operação? Eu preciso saber antes de decidir aportar meu recurso em determinado investimento”, orienta.

Mas sobre o processo de recuperar o dinheiro, ele afirma que é bem difícil para não dizer impossível. Por exemplo, nessas aplicações, se o recurso estiver alocado em outros países, na questão da criptomoeda, não necessariamente faz parte do ambiente doméstico, por estar no exterior. Segundo ele, já há uma dificuldade até mesmo pela questão da alocação dos recursos.

Golpes da internet

Além desses golpes envolvendo investimentos financeiros, não se pode esquecer dos que ocorrem na internet, hoje com uma forte onda de desinformação, também algumas pessoas se aproveitam da situação para enganar outras.

De acordo com o advogado, os golpes mais comuns são clonagem de dados, falsificação de PIX, golpes de WhatsApp. Ele enfatiza sobre a contratação de empréstimo.

“O golpista solicita dinheiro para quem está pedindo empréstimo, parece algo absurdo, mas acontece. Então eu preciso de um empréstimo, quero um dinheiro emprestado e acabo dispondo de um recurso que não tenho para conseguir aquele empréstimo.

Isso não faz o menor sentido, mas muitas pessoas acabam acreditando e caindo nisso. É preciso verificar, ficar atento aos canais oficiais para saber se está conversando e se relacionando com o fornecedor correto”.

Sendo assim, com uma forte tendência de mais golpes ocorrerem, os consumidores precisam estar atentos no que investem, acessam e compartilham de informações. Para poder ter a segurança nas compras, o cuidado é primoridal.

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