A crise hídrica que São Paulo passa fez com que fosse adiada para maio de 2017 a nova autorização para retirada de água dos rios que abastecem o sistemas das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
Com isso, nada muda na forma de gestão atual, em que as empresas de abastecimento e os órgãos reguladores estão fazendo avaliações periódicas da quantidade de água que pode ser levada aos reservatórios, entre eles o da Cantareira, que abastece São Paulo.
Após reunião nesta terça-feira (20), em Brasília, entre representantes do governo federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, do Ministério Público e das empresas responsáveis pelo abastecimento dessas duas áreas, ficou decidido que serão necessários mais estudos para definir qual será a quantidade máxima de água que cada sistema poderá usar dos rios que abastecem essas regiões.
Cada órgão tem uma proposta diferente para o uso da água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, principais abastecedores dessas duas regiões.
A autorização para retirar água desses rios foi dada em 2004, por dez anos, para que a Sabesp abastecesse o Sistema Cantareira. Mas esses rios também levam água para a região de Campinas. Há uma disputa entre as duas pelas quantidades máximas.
Pouco antes de vencer, a autorização foi suspensa por causa da crise hídrica. A gestão das águas passou a ser feita conforme a quantidade existente, em acordos entre os governos federal e dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
A previsão é que a nova outorga, nome oficial da autorização de retirada de água, saísse este ano. Mas o cenário de incerteza climática e mais a crise hídrica adiaram por pelo menos três vezes a decisão. E agora os envolvidos decidiram dar um prazo de mais de um ano e meio para que saia a nova outorga.