Cunha tem prazo de cinco dias para se defender | Boqnews
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Câmara Federal

19 DE MAIO DE 2016

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Cunha tem prazo de cinco dias para se defender

Presidente afastado da Câmara dos Deputados tem prazo de cinco dias para se defender de parte das acusações

Por: Pedro Peduzzi e Luciano Nascimento
Da Redação

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Cunha se defendeu das acusações de ter dinheiro no exterior. Prazo de defesa será de cinco dias, período considerado curto pelo seu advogado

Cunha se defendeu das acusações de ter dinheiro no exterior. Prazo de defesa será de cinco dias, período considerado curto pelo seu advogado. Wilson Dias/Agência Brasil

Após quase oito horas de reunião, terminou  às 16h50 desta quinta (19) a reunião do conselho que investiga o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Ao final, o relator Marcus Rogério (DEM-RO) foi questionado pelo advogado de Cunha, Marcelo Nobre, por ter dado, à defesa, um prazo de cinco dias úteis para a apresentação de suas alegações finais. A previsão para que o relatório seja apresentado é dez dias.
Segundo o advogado, o prazo seria curto inclusive pela possibilidade de o relatório conter acusações relativas a fatos que não tivessem relação com a natureza da representação contra Cunha. No início de sua exposição, Cunha havia dito que só se manifestaria em relação ao truste Nethertin, e que não responderia questões sobre outros trustes dos quais tem participação, como Orion e Triumph, nem sobre as investigações da Operação Lava Jato.

Ao receber a notícia de que o prazo para as alegações finais da defesa seria de cinco dias úteis, o advogado de defesa reagiu. “Apresentar o quê nesses cinco dias? É inaceitável. É rasgar a Constituição”, disse, argumentando que o fato de haver acusações além das relacionadas à natureza da representação inviabilizaria o cumprimento deste prazo. Advogado e cliente deixaram o conselho às 16h36. Segundo Marcus Rogério, a inclusão desses pontos no relatório foi aprovada e está registrado nas notas taquigráficas. “A defesa terá a possibilidade de arguir em relação aos embargos”, disse.

Mais cedo, o mesmo argumento, sobre as notas taquigráficas, foi apresentado pelo primeiro vice-presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Sandro Alex (PSD-PR). “Vou me ater aos fatos provados na admissibilidade. Em primeiro lugar, o que estamos avaliando é a existência de dinheiro no exterior. Em segundo, a origem lícita desse dinheiro. Esses são os aspectos que a população quer saber”, disse.

“O truste, e nós estamos nos tornando pós-graduados em truste, o truste não tem dono. O truste não é conta, o truste não é investimento, o truste não é patrimônio. O truste é uma bênção. É uma expectativa divina. Esse dinheiro nasce. Pena que não para todos os brasileiros”, acrescentou.

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