O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (14) a aprovação de um financiamento à Embraer para produção e exportação de aeronaves comerciais.
Portanto, a operação deve girar em torno de R$ 2,2 bilhões. Os recursos serão provenientes do BNDES Exim Pré-embarque. Uma linha de crédito criada pelo banco e voltada para produção de bens nacionais destinados à exportação.
Dessa forma, de acordo com nota divulgada pelo BNDES, a operação contribui para que a Embraer consiga retomar a produção de aeronaves nos patamares anteriores à pandemia de covid-19.
Além disso, o texto enfatiza, porém, que a consumação do financiamento está sujeita ao cumprimento de condições prévias fixadas e à assinatura do respectivo contrato.
“O setor da aviação é considerado estratégico devido à alta tecnologia envolvida, ao emprego de mão de obra qualificada e à capacidade de gerar inovações com impactos positivos na economia do país, além de ser uma indústria relevante para garantia da soberania nacional por meio dos produtos de defesa. O Brasil é um país que possui capacidade para projetar, fabricar e exportar mundialmente aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícola”, acrescenta a nota.
Contudo, o texto também registra que a nova operação reitera o apoio do banco à indústria aeronáutica. Além disso, lembra que o BNDES é parceiro da Embraer desde 1997, já tendo financiado cerca de US$ 25 bilhões em exportações.
Desse modo, esses recursos teriam viabilizado a produção e exportação de mais de 1.275 unidades para companhias aéreas ao redor do mundo.
Embraer
Com sua fundação em 1969 pelo Governo Federal, a Embraer apenas teve privatização em 1994. O governo brasileiro continua sendo acionista e tem direito de veto sobre algumas decisões estratégicas.
A empresa já produziu mais de 8 mil aeronaves e é atualmente a principal fabricante de jatos comerciais de até 150 assentos.
Recentemente, houve tratativas para que seu negócio de aviação comercial fosse abarcado por uma nova empresa: uma joint-venture com 80% de participação da norte-americana Boeing e 20% da Embraer.
No entanto, em 2020, a Boeing desistiu da parceria.