Duas empresas internacionais fizeram propostas ao Governo de São Paulo para a execução do projeto Túnel Santos-Guarujá.
Sendo assim, foram elas: a espanhola Acciona e a portuguesa Mota-Engil.
Desse modo, o leilão ocorrerá na sexta-feira, 5 de setembro, às 16h, na Bolsa de Valores (B3).
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto terá aporte público de até R$ 5,1 bilhões. Desse modo, dividido igualmente entre o Governo de São Paulo e o Governo Federal.
O contrato de 30 anos abrangerá construção, operação e manutenção. A obra terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros imersos, com módulos de concreto pré-moldados instalados no leito do canal portuário – uma técnica já consagrada em países da Europa e da Ásia.
Projeto
Inédito no Brasil, o projeto já conta com licença ambiental prévia da Cetesb, emitida em agosto de 2025. Assim como, prevê integração entre diferentes modais de transporte. São três faixas de rolamento por sentido, sendo uma delas reservada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), passagem para pedestres e ciclistas e galeria de serviços.
A concepção multimodal coloca a Baixada Santista na rota da mobilidade do futuro, oferecendo soluções mais rápidas, sustentáveis e inclusivas.
Atualmente, a ligação entre Santos e Guarujá ocorre por balsas, que levam cerca de 18 minutos por travessia, mas estão sujeitas a filas e variações de operação.
Pela estrada, o deslocamento pode chegar a 1 hora. Com o túnel, o trajeto será feito em até 5 minutos. Desse modo, beneficiando diretamente os mais de 720 mil habitantes dos dois municípios e trabalhadores que circulam diariamente entre as cidades.
Além de reduzir o tempo de deslocamento, o túnel vai impulsionar o turismo, fortalecer a economia local e contribuir para a redução de emissões, ao incentivar meios coletivos e sustentáveis de transporte.