
Durante encontro realizado no Rio de Janeiro entre estivadores ficou decidida a paralisação pela categoria na próxima quarta (15)
Mais de 20 mil trabalhadores avulsos e vinculados de 12 portos brasileiros deverão paralisar as atividades, por 24 horas, na quarta-feira (15), contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo federal e já em tramitação no Congresso Nacional.
A decisão foi aprovada na tarde desta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, em plenária das federações nacionais dos estivadores (FNE), portuários (FNP) e dos conferentes e consertadores de carga e descarga, vigias portuários, trabalhadores do bloco e arrumadores (Fenccovib)
Segundo o presidente do sindicato dos estivadores de Santos e região, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, a paralisação será ainda contra o projeto de terceirização de mão-de-obra, também em andamento no legislativo federal. Para ele, “motivos não faltam para a greve”.
A plenária começou nesta quinta-feira (9) e revelou enorme descontentamento das categorias portuárias contra as reformas propostas pelo presidente
Michel Temer (PMDB), principalmente as que pioram as condições para os trabalhadores se aposentarem.
Outra greve
Os portuários avulsos estivadores de todo o Brasil poderão paralisar também as atividades, em data ainda a ser definida, caso o Governo Federal
modifique a lei dos portos para beneficiar os operadores (empresários) e prejudicar os trabalhadores do setor.
A razão do movimento é a proposta da Federação Nacional dos Operadores Portuários, apresentada em dezembro à Casa Civil da Presidência da República, de permitir a utilização de mão de obra estranha nas atividades, como a reformulação das poligonais em prejuízo da categoria.
As poligonais, conforme a Lei dos Portos são uma representação em mapa, carta ou planta dos limites físicos da área do porto organizado, o espaço geográfico onde a autoridade portuária detém o poder de administração do porto público.