Uma ampla frente de esquerda está sendo costurada para ser uma alternativa à manutenção do PSDB no governo paulista.
O partido governa São Paulo desde 1998.
Assim, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro, Fernando Haddad, tem conversado com nomes de várias legendas com o objetivo de trazer uma proposta conjunta com outras agremiações de olho nas eleições de outubro do próximo ano.
“Eu acho que não dá para ficar isolado”, declarou Haddad, candidato à presidência da República em 2018, quando obteve pouco mais de 47 milhões de votos no segundo turno.
Ele visitou à redação do Boqnews, durante sua passagem por Santos e região nesta quinta-feira (28).
Assim, um amplo arco de alianças está sendo discutida para derrotar um adversário comum. No caso, o PSDB.
Esta composição passa por conversas com o PSB, de Márcio França; pelo PCdoB, de Orlando Silva; pelo PSOL, de Guilherme Boulos, e até Geraldo Alckmin, hoje no PSDB, mas com um pé fora da legenda.
Ainda que não tenha posições ideológicas antagônicas, um eventual apoio entre ambos para o segundo turno não estaria descartado.
Afinal, recentemente, Haddad e Alckmin se encontraram, fato divulgado na Imprensa.
“Trabalhei 4 anos com o Alckmin, ele como governador de São Paulo, e eu como prefeito. Sempre tivemos uma ótima relação”, enfatizou.
Tanto Alckmin como Haddad lideram pesquisas eleitorais em São Paulo, com 26% e 17%, respectivamente, segundo o Datafolha.
Segundo Haddad, se os partidos “tiverem juízo, poderão se tornar uma alternativa concreta para São Paulo”.
Sem errar no primeiro turno
“Não podemos errar no discurso do primeiro turno”, enfatizou o ex-prefeito paulistano.
Afinal, a última eleição estadual a qual houve segundo turno ao governo do Estado ocorreu em 2002, com vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) contra José Genoíno (PT).
O conteúdo completo da entrevista será divulgado na edição digital do Boqnews deste final de semana, além de reportagem no site.