Fórum debate mercado de trabalho para pessoas com síndrome de Down | Boqnews
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Síndrome de Down

27 DE MAIO DE 2019

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Fórum debate mercado de trabalho para pessoas com síndrome de Down

Evento debate, entre outras coisas, quando o ambiente de trabalho vira ambiente de segregação

Por: Letycia Bond
Da Redação

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A subprocuradora do Trabalho e vice-presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (Ampid), Maria Aparecida Gugel, defendeu hoje (27) que tanto as empresas privadas como os órgãos públicos devem abandonar a “antiga percepção” de que as pessoas com síndrome de Down podem ocupar apenas determinados cargos do quadro funcional.

“A atitude também precisa ser acessível. O chefe e o colega de trabalho também precisam ser acessíveis nessa relação amigável dentro do trabalho, que permite receber adequadamente, por exemplo, a natureza da deficiência intelectual”, disse Maria Aparecida.

Ela esteve no Fórum de Políticas Públicas para Pessoas com Síndrome de Down. E no painel que debateu como o mercado de trabalho pode acabar se transformando em um ambiente de segregação.

Na Lei

Ela lembrou que a Lei nº 13.146/2015, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência adota o princípio da igualdade de oportunidades como uma das bases da inclusão social e garantia de direitos às pessoas com deficiência, juntamente com recursos de acessibilidade, como a tecnologia assistiva.

“A gente quer é igualdade de condições e remuneração no dia a dia”, acrescentou, citando, ainda, a importância de a experiência profissional ser registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Em 2017, 34.851 mil pessoas com deficiência mental e física foram contratadas. O número supera o do ano anterior, quando o total de admissões foi de 32.087.

Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, cerca de 45 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência mental ou física. E aproximadamente 300 mil têm Síndrome de Down.

Convivência e crescimento

Além de poder ter algumas características físicas associadas à alteração genética, como o céu da boca mais encurvado, a pessoa pode apresentar comprometimento intelectual.

O grau varia de indivíduo para indivíduo. Especialistas destacam que a deficiência intelectual não deve consistir em um impedimento para que a pessoa com síndrome de Down se desenvolva e tenha responsabilidades próprias de um adulto.

“A autonomia é exercida, é algo que se aprende”, disse Flávia Pope. Ela é membro da equipe do Instituto JNG e mãe de Nicolas, 28 anos. O perfil dele foi enquadrado no Transtorno do Espectro do Autismo.

No caso da filha da jornalista Patrícia Almeida, a autonomia, tão buscada por propiciar a independência desejada, foi sendo fortalecida.

Isso, gradualmente, em uma instituição pública de ensino regular.

Ao colocar Amanda em um contato mais próximo com outras crianças que não têm a síndrome, acabou descobrindo que vivenciava uma experiência fundamental.

Atualmente, a menina tem 14 anos de idade.

Anteriormente, a menina chegou a estudar na modalidade de ensino domiciliar.

Movimento

Integrante do Movimento Down, Patrícia agora elabora, uma cartilha que ensina educação sexual a pessoas com deficiência.

Iniciativa é feita em parceria com outras 32 pessoas.

Ela defende que toda pessoa com síndrome de Down, assim como as outras, sejam criadas para o mundo. E não em isolamento ou com cuidados excessivos.

“A superproteção é uma forma de discriminação”, argumentou.

Nadja Quadros, disse que é preciso que as famílias das pessoas com a síndrome contribuam para seu amadurecimento.

Ela é cofundadora do Centro de Referência em Síndrome de Down (Crisdown).

A crença da fisioterapeuta é de que, embora muitos pais se sintam tentados a tratá-las como “eternas crianças”, o movimento natural seja o oposto e requeira os estímulos e oportunidades corretos.

“Se não tiver tratamento correto nem na escola nem no trabalho, terá uma regressão afetiva”, disse.

O fórum é promovido pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD).

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