Greve dos caminhoneiros já afeta 20% das embarcações do Porto de Santos | Boqnews
Foto: Divulgação

Paralisação

04 DE NOVEMBRO DE 2021

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Greve dos caminhoneiros já afeta 20% das embarcações do Porto de Santos

Pelo menos 1 em cada 5 embarcações já são afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Por sua vez, terminais já começam a ser atingidos por falta de caminhões.

Por: Da Redação

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A greve dos caminhoneiros, iniciada a zero hora de segunda (1), já afeta 20% dos navios atracados no Porto de Santos.

A informação consta na divulgação feita pela Santos Port Authority (SPA) em seu site.

Em nota, a empresa informa, porém, que “neste momento, cerca de 80% dos navios atracados operam sem qualquer restrição”.

Portanto, 20% já operam com dificuldades.

Algumas empresas, como a Ecoporto, já divulgaram em seu site as dificuldades decorrentes da greve dos profissionais, que solicitam, em especial, redução nos custos dos combustíveis e tabela de fretes.

Situação semelhante ocorre com o terminal da Deicmar. (vide comunicado)

Terminal explica as razões da paralisação. Foto: Divulgação

As interrupções afetam toda a cadeia logística de empresas, atrasando o embarque e desembarque de mercadorias que dependam da movimentação rodoviária.

Diante da paralisação de parte dos terminais, outro impasse ocorre.

Afinal, os que continuam recebendo cargas estão com receito de não conseguir entregá-las no terminal de embarque após a liberação por falta de caminhão ou eventual bloqueio de vias ou outro tipo de situação imprevista.

E assim, terão que repassar os custos de armazenagem aos clientes, alterando custos e criando atritos entre as partes.

Com isso, a tendência é que outros terminais também comecem a paralisar suas atividades diante dos impasses.

Fluidez

A SPA (ex-Codesp) informa que o acesso ao Porto de Santos flui normalmente nesta quinta-feira (4), não havendo qualquer retenção ao tráfego nem concentração de caminhões parados.

Conforme a nota, manifestantes permanecem nas imediações do Porto, sem impedir o acesso de veículos.

Em Santos, a concentração de caminhoneiros ocorre no retão da Alemoa.

Polícia Rodoviária Federal

A Polícia Rodoviária Federal iniciou na manhã desta quinta-feira (4) uma operação final para garantir o retorno da normalidade em todo o perímetro que circunda o Porto de Santos.

Um efetivo de 200 homens foi destacado e já opera na formação de um grande corredor de segurança desde o acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar.

Dessa forma, a operação conta com o apoio da Polícia Militar de São Paulo, que deve auxiliar no transporte local para as retroáreas.

Desde ontem, equipes de inteligência já se encontram no local e identificam autores de atos de depredação e intimidação contra caminhoneiros. Se necessário, mais efetivo será disponibilizado.

Portanto, segundo a operadora portuária, a Polícia Militar de São Paulo e a Guarda Portuária estão fazendo escolta para garantir a melhor segurança do fluxo de caminhões que acessa e deixa o Porto.

Dessa forma, o único ponto de concentração de manifestantes está localizado nas imediações do Porto de Santos.

 

Sem câmeras

Assim, coincidência ou não, as câmeras de monitoramento da operadora portuária localizadas na Alemoa e outros trechos estão fora de funcionamento, impedindo acompanhamento das vias públicas da área federal.

Pelo menos 1 em cada 5 embarcações já está sendo afetada pela paralisação dos caminhoneiros. (Foto Divulgação)

 

Manifesto

A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres – ABTTC divulgou manifestação a respeito da paralisação.

Por sua vez, a entidade congrega as empresas que atuam no transporte, manuseio, armazenagem, reparo de contêineres.

E ainda: movimentação de mercadorias e atividades afins na movimentação de carga.

Conforme a entidade, ‘ao contrário do divulgado pela imprensa local, as atividades nos terminais retroportuários, sejam eles Terminais de Armazenagem e Reparo de Contêineres Vazios ou Recintos Especiais para o Despacho Aduaneiro de Exportação – Redex, seguem impedidas de atuar’.

Assim, a entidade alega que o movimento grevista tem impedido que as empresas atuem utilizando suas frotas próprias para “realizar a retirada de contêineres vazios e a entrega de contêineres cheios nos terminais portuários, ocasionando uma série de prejuízos aos exportadores”.

Além disso, a ABTTC alega que existem relatos de associados informando sobre danos aos veículos.

“Que tentam desempenhar as suas atividades, forçando as empresas evitarem colocar seus veículos em operação, prejudicando ainda mais o escoamento das mercadorias de exportação”, informa.

 

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