Juros elevados retraíram economia no 4º trimestre de 2022 | Boqnews
Foto: Valter Campagnato/Agência Brasil

Economia

15 DE FEVEREIRO DE 2023

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Juros elevados retraíram economia no 4º trimestre de 2022

Dados divulgados pela FGV mostram redução de 0,2% no PIB

Por: Vinícius Lisboa
Da Redação

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Os patamares elevados de juros e de endividamento das famílias desaceleraram a economia em 2022.

Sendo assim, causaram uma retração de 0,2% no Produto Interno Bruto do quarto trimestre. Isso foi uma avaliação na quarta-feira (15) da Fundação Getúlio Vargas, na pesquisa Monitor do PIB/FGV.

Contudo, a estimativa da FGV é que o resultado anual de 2022 apresentou crescimento de 2,9% na economia.

A fundação considera a variação um bom resultado, apesar de marcado pela desaceleração ao longo do ano.

Desse modo, a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destaca que o setor de serviços contribuiu com mais de 80% do desempenho da economia no ano passado.

Portanto, com destaque para setores como atividades de alojamento, alimentação, saúde privada, educação privada, serviços prestados às famílias e às empresas.

“Esta atividade, que foi uma das que haviam apresentado as maiores perdas devido à necessidade de distanciamento social no período da pandemia, impulsionou o PIB de 2022 graças a normalização das atividades sociais e aos estímulos fiscais dados a economia”, disse a economista.

O PIB dos meses de outubro, novembro e dezembro teve uma queda de 0,2% em relação a julho, agosto e setembro, concluindo o caminho de desaceleração da economia ao longo do ano. Mesmo assim, o resultado do 4º trimestre de 2022 ficou 1,9% acima do mesmo período de 2021.

Contudo, no mês de dezembro, a pesquisa da FGV mostra que a economia cresceu 0,2% em relação a novembro; e 1,4%, sobre dezembro do ano passado.

Consumo e investimentos

O consumo das famílias brasileiras alcançou o maior valor desde o início da série histórica e teve uma alta de 4% em 2022, segundo a pesquisa.

Apesar disso, o consumo de bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos de grande porte, teve queda.

“Por serem compostos por bens de maior valor agregado, os altos níveis dos juros, de certa forma inibem o consumo desses tipos de bens”, avalia a FGV.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), parâmetro para investimentos, cresceu 1,1%, apesar da queda dos gastos com máquinas e equipamentos. Segundo a pesquisa, a construção contribuiu positivamente para esse indicador.

Em relação ao comércio exterior, houve crescimento tanto nas exportações (6%) quanto nas importações (0,9%), ao longo de 2022.

A produtividade na economia está em uma trajetória de queda desde 2014.

Dessa maneira, chegou em 2022 a um dos menores valores da série histórica, abaixo do ano de 2008.

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