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Medicina

08 DE FEVEREIRO DE 2017

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Quase 6 em cada 10 futuros médicos paulistas são reprovados em exame

Pelo menos 70% dos alunos não souberam indicar a conduta adequada em paciente com crise hipertensiva, doença que atinge 25% da população brasileira.

Por: Cátia Rodrigues e da Redação
Da Redação

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Houve aumento do volume de estudantes de Medicina que não passaram no exame do Conselho Federal de Medicina

Houve aumento do volume de estudantes de Medicina que não passaram no exame do Conselho Regional de Medicina

Quase seis em cada dez alunos  recém-formados em Medicina em São Paulo foi reprovada no exame de avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado no ano passado. É o que mostram os resultados divulgados pela instituição nesta quarta-feira.

Do total de 2.667 estudantes que participaram da prova, 56% não alcançaram a nota mínima. Ou seja, acertaram menos de 60% das 120 questões do exame.

Os alunos das faculdades privadas continuam sendo os que mais reprovam no exame. Em 2015, representavam 59% dos que não alcançaram a nota mínima. Em 2016, subiu para 66%.

Também houve um aumento expressivo de reprovação nas instituições de medicina públicas no estado. O número de alunos reprovados subiu de 26% em 2015 para 38% no ano passado. Nos cursos de Medicina privados, 66,3% dos alunos foram reprovados em 2016, superando a médida de 2015, com 58,8%.

Atualmente, existem 46 escolas médicas em atividade no Estado e São Paulo. Destas, 30 foram avaliadas no Exame de 2016.

O exame do Conselho Regional de Medicina foi realizado em outubro nos municípios de Botucatu, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São Paulo e Taubaté.

 

Erros básicos

Muitos dos recém-formados demonstraram não saber interpretar exames de imagem para diagnosticar e administrar a conduta terapêutica adequada a casos médicos básicos e problemas de saúde frequentes, como crises hipertensivas e doenças respiratórias.

A seguir, alguns exemplos de questões com altos índices de erro:

  • 80% não souberam interpretar um exame de radiografia e erraram a conduta
    terapêutica de paciente idoso;
  • 78% não souberam interpretar o tipo de pesquisa científica e relevância para
    indicação de novos tratamentos;
  •  76% não souberam indicar qual medicação antipsicótica está associada a maior
    ganho de peso;
  • 75% não souberam identificar principais características e conduta a ser tomada no
    caso de paciente com deficiência respiratória;
  • 71% não acertaram diagnóstico e tratamento para hipoglicemia de recém-nascido,
    problema comum nos bebês;
  • 70% não conseguiram diagnosticar tuberculose por meio da história clínica e
    exame físico;
  • 70% não souberam indicar a conduta adequada em paciente com crise
    hipertensiva, doença que acomete 25% da população brasileira. Esta é uma
    manifestação com potencial de morte e acidente vascular cerebral da hipertensão
    arterial – doença que acomete 25% da população brasileira;

 

 Participantes, aprovados e reprovados no Exame do Cremesp 2015 e 2016, segundo natureza das escolas médicas paulistas:

Ano             Situação              Privadas (total e em %)              Públicas (total e em %)

2015          Aprovados                     751          41,2                                   662         73,6

2015         Não aprovados              1.074      58,8                                   238         26,4

Total                                                  1.825     100,0                                 900        100,0

 

2016         Aprovados                        588     33,7                                      578       62,2

2016      Não aprovados                   1.159    66,3                                    352        37,8

Total                                                   1.747     100                                     930        100

Fonte: Fundação Carlos Chagas/Cremesp

 

Médias de acertos, por área de conteúdo, entre participantes do Exame do Cremesp 2016, formados em escolas paulistas: (Fonte: Fundação Carlos Chagas/Cremesp)

Área de Conteúdo                Média

Ciências Básicas                          65,1

Saúde Mental                               63,7

Clínica Cirúrgica                         59,5

Bioética                                         58,1

Clínica Médica                             57,8

Ginecologia                                  56,2

Obstetrícia                                   54,7

Pediatria                                       53,3

Saúde Pública/Epidemiologia 49,1

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