Ano novo, vida nova.
Seja para quem teve bons rendimentos em 2018, ou mesmo para aqueles que ainda pretendem começar a investir dinheiro, 2019 tem grandes oportunidades de aplicação.
Por esse motivo, é imprescindível conhecer o cenário atual, entender todos os acontecimentos que levaram a ele e, então, compreender as tendências e expectativas para o próximo ano.
Além disso, claro, é fundamental que o planejamento pessoal financeiro esteja organizado, não apenas para que o orçamento seja pré-definido, mas, principalmente, para que nenhum imprevisto fique descoberto por uma reserva financeira.
Afinal, o que se espera é multiplicar o patrimônio — e não ter de utilizá-lo para emergências.
Outro ponto importante é alinhar o planejamento de acordo com as perspectivas pessoais.
Aqui, as promessas de início de ano podem facilmente serem adaptadas para criar objetivos concretos: cada um deles, detalhados de acordo com o prazo para realização, estimativa de gastos, prioridades, entre outros.
Assim, os planos estarão organizados e, por consequência, será mais fácil entender as próprias necessidades de investimentos.

Com o novo governo eleito, a expectativa em relação à economia é significativa. Por isso, é importante ficar atento onde investir seu dinheiro. Foto: Divulgação
O que é necessário saber sobre 2018?
Afinal, o ano de 2018 foi marcado por dois grandes acontecimentos de nível nacional que causaram grande impacto no mercado financeiro, principalmente de ações.
Assim, o primeiro deles foi a paralisação dos caminhoneiros no primeiro semestre e o segundo, as eleições presidenciais em outubro.
Ambos foram sentidos por todos os brasileiros e tiveram, inclusive, repercussão internacional.
Com relação à greve, é bastante provável que a maior parte das pessoas tenha acompanhado os noticiários ou tenha até sentido dificuldade para abastecer ou para encontrar alguns produtos no mercado.
Na prática, a paralisação afetou a economia de maneira geral; estima-se um prejuízo de R$16 bi!
Para controlar a situação, foi preciso fazer um acordo entre a classe e o governo para restabelecer a produção e garantir a estabilidade logística e econômica.
Com isso, foi possível diminuir os efeitos da greve no mercado financeiro, relacionados ao preço das ações e à confiança na bolsa.
Mais para o fim do ano, a corrida presidencial trouxe turbulência não só no âmbito político, mas também na economia.
Como resultado das eleições, o candidato do PSL (Partido Social Liberal) Jair Bolsonaro obteve vitória no segundo turno, com uma proposta que defende privatizações e redução de gasto público.
Na teoria, são medidas que aquecem bastante a economia e podem atrair mais investidores.
Assim, o cenário é criado para valorizar investimentos em 2019, ainda que não se saiba maiores detalhes do mandato, pois tem-se início apenas no dia primeiro do próximo ano.
O que esperar de 2019?
Como se sabe, no mercado de investimentos, há a possibilidade de aplicação de dois modos: na renda fixa ou na renda variável.
A primeira é considerada menos complexa, por ter a rentabilidade facilmente calculável, ou seja, no momento da aplicação já é possível ter ideia do quanto o dinheiro renderá; na renda variável, já não se tem essa noção, pois não há nenhuma porcentagem ou índice para acompanhar.
Renda variável
Para 2019, a renda variável pode trazer rentabilidade positiva e interessante para quem possui alguma quantia investida.
Ainda em 2018, as pessoas já puderam visualizar bons retornos na bolsa!
No entanto, por serem investimentos mais arriscados, é preciso ter sempre cautela e analisar ações vantajosas para seus objetivos.
Por causa das privatizações propostas por Bolsonaro, há chances de a B3 impulsionar uma valorização de outras empresas ligadas ao governo.
O investimento em estatais, então, merece ser bem avaliado, pois trata-se de ativos que valem a pena em 2019; Petrobras, Eletrobras e o Banco do Brasil são exemplos de ações com expectativa de alta no mercado.
O crescimento econômico que o novo governo pode proporcionar — principalmente relacionado à proposta de diminuição do desemprego — prevê que os setores de varejo sejam igualmente valorizados.
Desse modo, ações ligadas ao comércio também tendem a subir, como as do Grupo Pão de Açúcar, Ambev e Magazine Luiza.
Por fim, ativos bancários, como do Itaú e Bradesco, também merecem atenção especial.
A indicação de aquecimento da economia faz com que empresas e pessoas procurem mais linhas de crédito e, por consequência, tragam mais consolidação para as instituições financeiras privadas.
Renda fixa
Para a renda fixa, a lógica é semelhante: como existe uma expectativa de valorização de instituições financeiras, os CDBs merecem bastante destaque dessa classe de ativos.
Por serem títulos emitidos por bancos para financiamento de atividades.
Essa é a opção de investimentos com rentabilidade mais interessante em 2019.
A dica, nesse sentido, é optar por instituições menores, que oferecem melhores retornos (por terem mais risco de crédito).
Mesmo assim, não é necessário preocupar-se, pois existe a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito que faz o ressarcimento do dinheiro em caso de falência do banco.
Outros ativos que merecem destaque são as letras de crédito — LCI, para o setor imobiliário, e LCA, para o agronegócio —, cujos setores a que são destinados também têm previsão de crescimento no novo governo.
De todo modo, o ideal é sempre manter a carteira de ativos diversificada, a fim de que eventuais prejuízos possam ser cobertos por ativos com alta rentabilidade e, assim, garantir bons retornos financeiros em 2019.