Um ano para celebrar datas simbólicas | Boqnews
Foto: Arte Mala

História

08 DE JANEIRO DE 2022

Siga-nos no Google Notícias!

Um ano para celebrar datas simbólicas

2022 marca a celebração de momentos históricos, como o centenário da Semana de Arte Moderna e os 200 anos da Independência

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

2022 será um ano repleto de datas especiais que completam aniversários simbólicos. A primeira delas acontece já em fevereiro, afinal há 100 anos ocorreu um dos eventos mais importantes do Brasil no século XX.

A Semana de Arte Moderna de 1922 realizada no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, tinha como objetivo estabelecer um novo padrão na cultura brasileira.

Dentre os principais nomes do evento histórico estão Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Guilherme de Almeida, Anita Malfati, Pagu, entre outros.

O cineasta, jornalista e professor da Universidade Santa Cecília, Eduardo Ricci, destaca que a Semana de Arte Moderna não foi o único evento a abordar a influência da Europa e a brasilidade.

“Tivemos outros eventos em diversas cidades, como Belo Horizonte e Recife, contudo por São Paulo ser o grande centro econômico acabou ganhando os holofotes”, citou. Para o cineasta, a Semana de 22 trouxe um novo aspecto na cultura, dando valor a questão do Brasil, mas não sendo contrário aos europeus.

O centenário deste acontecimento será tema de uma série de programações independentes da universidade. Eduardo Ricci, responsável pelo Cineclube Lanterna Mágica , mantido na instituição de ensino, conta que haverá um ciclo de cinema no local, mostrando o impacto do modernismo na arte audiovisual. Além disso, a Unisanta e demais instituições vão promover a Semana de Arte Transmoderna em julho.

Vale destacar que após a Semana de Arte Moderna, eclodiram uma série de movimentos culturais no Brasil.

Cartaz da Semana de Arte Moderna/Foto: Divulgação

Independência

Por falar em história, neste ano o Brasil comemora o bicentenário de sua Independência. No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I, às margens do rio Ipiranga, bradou a frase que todos nós conhecemos: “Independência ou Morte”.

Dessa forma, o Brasil conquistava sua liberdade de Portugal. Como todos os fatos históricos, existe controversas e teorias sobre a Independência do Brasil. Todavia, essa é versão oficial passada nas escolas.

O professor de história do Colégio Santa Cecília, João Carlos Pereira, destaca que o movimento de Independência do Brasil na questão econômica já estava em construção e após 14 anos era irreversível.

“Na área política, a Independência foi realizada pelo próprio príncipe que já representava o poder e a unidade política de um imenso território, e por esta razão não houve uma ruptura político administrativa, nem a participação popular no processo de Independência”, citou o professor.

Um dos nomes mais importantes para a Independência do Brasil foi do santista José Bonifácio, que influenciou Dom Pedro I na tomada de sua decisão. Inclusive, a cidade de Santos terá uma programação especial em comemoração ao bicentenário da Independência. Para planejar as ações e eventos, o município terá uma comissão composta por representantes da Fams, secretarias de Cultura, Educação, Turismo e Gabinete do Prefeito; Instituto Histórico e Geográfico, Subseção de Santos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, Movimento Pró-Memória José Bonifácio e universidades.

Vale destacar que a logomarca oficial do município foi lançada no ano passado e faz homenagem justamente a José Bonifácio.
200 anos depois da Independência do Brasil, João Carlos Pereira salienta que precisamos relembrar a importância do fato para reforçar em nossa sociedade a reflexão sobre se de fato somos independentes e o quanto isto significa em nossas vidas; a responsabilidade de não mais sermos tutelados, mas de sermos protagonistas; lembrar a data não com veneração exagerada, ou insignificância radical, mas sim com madureza.

Dom Pedro I na Independência do Brasil/Foto: Divulgação

História internacional

Já era fim de 1922, quando uma decisão mudou o destino do mundo e traz impacto até os dias atuais. A Revolução Russa de 1917 desencadeou uma série de acontecimentos, como a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) que foi declarada no dia 30 de dezembro de 1922, ou seja, há 100 anos. O bloco liderado por Vladimir Lenin anexou uma série de países, a Rússia era a principal potência.

A União Soviética instaurou o comunismo, um modelo de governo adotado por outros países como Cuba, China e Coréia do Norte.
Com o passar do tempo, o bloco foi anexando novos territórios e teve participação direta na Segunda Guerra Mundial. A derrota do Eixo formado por Alemanha, Itália e Japão começou na União Soviética, quando as tropas nazistas foram surpreendidas pelo exército soviético.

O fim da Segunda Guerra Mundial deu início a Guerra Fria, uma disputa entre Estados Unidos e União Soviética que nunca teve um confronto direto, mas as batalhas aconteceram em diversos locais, como a Guerra do Vietnã. Aliás a disputa seguia no esporte, na tecnologia e até no espaço.

No fim da década de 80, o modelo do comunismo foi perdendo sustentabilidade, com a crise econômica que impactava toda a população, assim movimentos separatistas começaram a ganhar destaque. Até que em 1991, a União Soviética chegou ao fim, após a renúncia de Mikhail Gorbachev

O fim do bloco trouxe uma série de novos países, como a Lituânia, Letônia, Estônia, Azerbaijão, Cazaquistão, entre outros.

Bandeira da União Soviética/Foto: Divulgação

Esporte

O esporte brasileiro celebra em 2022, 50 anos de uma das conquistas mais importantes do automobilismo do País. Emerson Fittipaldi tornou-se o primeiro piloto brasileiro a ser campeão da Fórmula 1. Com o carro potente da Lotus, Fittipaldi só não fez chover na temporada de 1972.

Em 12 corridas, foram cinco vitórias, a última no GP da Itália que sacramentou o título do brasileiro há duas corridas do fim do campeonato. Além disso, ele subiu no lugar mais alto do pódio no GP da Espanha, Bélgica, Grã-Bretanha e Áustria.

Seu principal adversário na temporada foi o piloto Jackie Stewart da Tyrell que já tinha dois títulos mundiais.

O jornalista apaixonado por automobilismo Toni Vasconcelos relembra que para o brasileiro ver um piloto do País ser campeão da Fórmula 1 naquela época era algo muito difícil.

“O automobilismo caiu na popularidade do Brasil e Emerson Fittipaldi era o segundo maior nome do esporte na época, ficando atrás apenas de Pelé”, frisou o jornalista.

Para Toni, a principal virtude do piloto era a regularidade. “O Emerson Fittipaldi sempre foi um piloto que prezou pelo equipamento, lendo muito bem a corrida com inteligência”.

Fittipaldi e Toni Vasconcelos/Foto: Acervo Pessoal

Além disso, Toni destaca que o título de Fittipaldi abriu as portas para os pilotos brasileiros na categoria. “Ele abriu o caminho, principalmente nos bastidores, mostrando a forma de chegar nos chefes de equipe, a captação de patrocínios e quais séries inferiores para atuar eram importantes antes da fórmula 1”, concluiu.

Emerson Fittipaldi conquistou o bicampeonato mundial em 1974. Seu legado permanece até os dias atuais.

Vale destacar que o Brasil teve mais dois campeões na Fórmula 1, Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) e Ayrton Senna (1998, 1990 e 1991).

Rubens Barrichello e Felipe Massa foram vice campeões.

Fittipaldi na Lotus/Foto: Divulgação

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.