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14 DE FEVEREIRO DE 2017

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Internações em queda na região

Artigo da jornalista Verônica Mendrona

Por: Da Redação

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A saúde pública contabilizou mais um índice negativo na Região Metropolitana da Baixada Santista: o número de internações caiu 8,5% de 2015 para 2016, ou seja, os nove municípios registraram 6.330 internações a menos. É o que mostra a estatística do banco de dados do Datasus, do Ministério da Saúde.

A queda foi puxada por Santos, cidade que mais reduziu o número de internações do Sistema Único de Saúde, de 34.007, em 2016, para 30.334, ao final de 2016. Cubatão ficou em segundo lugar e registrou déficit de 2.927 vagas, no mesmo período.

Por outro lado, Praia Grande conseguiu um saldo positivo de 573 internações. Ainda em relação ao Litoral Sul, a ampliação do hospital de Itanhaém tem ajudado a região nos últimos dois anos, mantendo o média de 5.800 internações; por outro lado, a desativação do hospital de Peruíbe desde 2015, zerou as estatísticas neste quesito.

De fato, a região vem perdendo a capacidade de internações paulatinamente. Para se ter uma ideia, em 1992, primeiro ano de registro dessa estatística, as nove cidades juntas somaram 96.947 internações.

Nos últimos 24 anos, a Baixada Santista perdeu 28.818 internações, ou seja, a região Metropolitana da Baixada Santista perdeu em média 1.200 internações SUS ao ano. O índice é alarmante.

Espera-se empenho daqueles eleitos às custas de nossos votos na cobrança pela virada deste retrato amargo sem melindres políticos e pessoais, porque é isso desejamos dos gestores públicos, até porque com a disponibilização de dados na Internet fica cada vez mais difícil mentir ao eleitor.

São temas como este que deveriam ser tratados com a seriedade que merecem no Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista – Condesb e Agência Metropolitana – Agem, por exemplo.

Quando estiver em pleno funcionamento, o Hospital dos Estivadores vai aliviar um pouco este índice, com capacidade para cerca de 15 mil internações ao ano, mas isso não quer dizer que vai resolver o gargalo da saúde, porque irá depender das especialidades que irá atender. A grande demanda regional está na média e alta complexidade, fato que tem sido retratado pela Imprensa há muitos anos.

É fato que a Baixada Santista vem perdendo espaço nos investimentos do Governo do Estado ao longo das décadas. Representamos quatro por centro da população, mas os investimentos não retornam na mesma proporção. Isso ocorre na saúde, segurança, educação, etc.

É certo que o desenvolvimento do Estado de São Paulo ocorreu a partir da década de 50 com o processo de industrialização e, por conseguinte, a população se instalou na capital São Paulo e redondezas, onde os investimentos ocorreram de forma mais célere e maciça, como acontece até hoje.

O Governo do Estado precisa reorganizar a ocupação populacional na sua extensão e corrigir, aos poucos, as distorções nos investimentos em todas as áreas. É preciso de se ter planejamento de Estado e não de Governo, a fim de que tenhamos mais justiça social e convivência harmônica em sociedade.

 

(*) Jornalista, pós-graduada em Gestão Pública pela Unifesp e gerente de projetos na R Amaral & Associados

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