Visitar Valência, situada na costa mediterrânica espanhola, com 300 dias de sol e uma temperatura média de 19º, é quase como entrar em um conto de fadas pelo menos para os turistas, que não vivem a crise econômica da Europa.
Conhecida também como la ciudat de les flors (Cidade das Flores), o destino mescla – de maneira espetacular – a modernidade com o tradicional.

Cidade das Artes e das Ciências
Espaço contempla um complexo arquitetônico, cultural e de entretenimento, com museus e aquário
E tudo impressiona, desde as antigas construções (a cidade surgiu em 138 antes de Cristo) até as mais modernas, com o incrível projeto arquitetônico da Cidade das Artes e Ciências, finalizada em 2005 e localizado em um lugar ainda mais incrível: o Jardim do Túria, com 6,5 quilômetros de espaços verdes.
Atualmente, a cidade é a casa de 800 mil habitantes, que na área metropolitana se aproxima dos 2 milhões. A população é bastante receptiva e educada.
Claro que existem suas exceções, mas de maneira geral, o valenciano é aberto ao turista e caso precise de informações, eles estão dispostos a ajudar. A educação pode ser observada nas ruas. Por mais que se ande é impossível encontrar, por exemplo, um único resíduo nas calçadas e vias.
Aliás, é pelas ruas valencianas que trafegam veículos leves sobre trilhos que originaram o modelo fabricado para a região da Baixada Santista.
As primeiras unidades, inclusive, foram fabricadas na Vossloh (empresa com sede em Valência e que junto com a T´Trans ganhou a licitação para a fabricação dos veículos). E por sinal, ônibus e o VLT são ótimas opções de locomoção para conhecer pontos distantes.
Pontos obrigatórios
A Catedral de Valência, com mais de mil anos de história, é um dos pontos que merecem ser visitados principalmente pela estupenda construção que foi modificada ao longo do anos. A Igreja de Santa Catalina Mártir, construída entre 1688/1705, considerada uma obra prima do barroco valenciano, também merece ser visitada e apreciada.
Outro local é o Mercado Central (construção de 1914) que – além de ser fotograficamente interessante (aliás, tudo é) – também reúne lojas e locais para comer e beber. Patrimônio Mundial da Humanidade, La Llotja de Mercaders e é considerado um dos mais belos exemplos da arquitetura medieval gótica da cidade.
A Carrer del Poeta é uma rua que fica atrás da Plaça de L’Ajuntament é o ponto certo para os consumistas, com lojas de alto luxo luxo, como Rolex, Mont Blanc e Louis Vuitton. Se o objetivo não é comprar, então a Plaça Museo del Patriarca, onde fica o Museo del Patriarca e também a Universidade de Valência é o ponto ideal para conhecer.
O Museo Nacional da Cerâmica, com a fachada de janelas adornadas e decorada com cerâmicas de vários tipos, também precisa estar no roteiro.
Além de conhecer os locais pelo dia, um passeio noturno se faz necessário. A iluminação das ruas e do luar mostra uma outra Valência. E o mais importante, mesmo de madrugada, as ruas são seguras e é possível andar inclusive com máquinas fotográficas.
Festa
As Fallas, em valenciano les falles, é uma celebração tradicional que atrai milhares de turistas. O evento tem uma semana de duração, durante a qual se queimam figuras ou esculturas, denominadas fallas, tradicionalmente de madeira e cartão.
Figuras são colocadas antes do dia 15 de março pela manhã (a chamada nit de la Plantà) queimando-se quatro dias depois, na noite do dia de Sant Josep à meia-noite (nit de la Cremà).
Jardim do Túria
Considerado o maior jardim urbano em toda a Espanha, o Jardim do Túria impressiona pela grandiosidade, pelos detalhes e vida presente. Valencianos de todas as idades percorrem o espaço, seja praticando algum esporte, observando exposições, lendo, conversando… O local é ocupado integralmente pelo povo. E é difícil de se imaginar que por ali passava o Rio Túria.
Algo que mudou após a imundação do rio em 1957. O percurso atravessava parte de Valência. Trajeto este que pode ser visto ainda no avião. Na data do triste ocorrido ficou decidido então que o curso do rio deveria ser desviado. O grande espaço então foi preenchido com áreas verdes Após alguns projetos, o de se tornar parque ganhou força e foi o escolhido.
Cidade das Artes
O parque abriga o que mais chama atenção em Valência: a Cidade das Artes e das Ciências. Desenhado por Santiago Calatrava e Félix Candela, o projeto começou a ser executado em 1996 e inaugurado em 1998. O último componente da Cidade, El Palau de les Artes Reina Sofía, foi inaugurado em 2005.
Paella valenciana
Além de todo charme arquitetônico e dos atrativos culturais e artísticos, a tradicional cidade surpreende também o paladar, com uma rica gastronomia e os vinhos. O protagonista nos pratos é o arroz nas mais variadas formas de preparação. A paella, originalmente de Valência e internacionalmente conhecida e revenrenciada, é a principal . Afinal, ir a Valência e não provar o prato pode ser considerado um um pecado.
A autêntica é a união de alimentos característicos da região como frango, coelho, pato, garrofó, tabella e ferraura – variedades autóctones de feijão -, tomate, azeite e açafrão (que dá a cor amarela característica do prato). Alguns também são servidor com alcachofras e caracóis. Para acompanhar, vinhos ou a tradicional sangria.
Outra opção típica de Valência é pedir para comer as famosas Tapas. Chocos grelhados, mexilhões ao vapor, presunto, conquilhas, puntillas ou batatas bravas completam a opção que aqui poderia ser comparada à mesa de frios, diferenciando apenas nos ingredientes.
Os restaurantes são muitos. Para os mais ousados, a dica é conhecer o pessoal local e perguntar. Foi desta maneira que encontra-se, por exemplo, o restaurante Casa Roberto, à Rua Maestro Gozalbo, com um arroz de marisco espetacular e imperdível.