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14 DE MARÇO DE 2022

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Educação alimentar no pós bariátrica requer cuidados especiais

Após a realização da cirurgia bariátrica, muitos erram na recuperação, tampouco reveem os antigos maus hábitos alimentares, cometendo os mesmos erros.

Por: Da Redação

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A cirurgia bariátrica, ou simplesmente redução de estômago, é uma ótima aliada para algumas pessoas que apresentam obesidade grave e têm muita dificuldade em emagrecer.

Entretanto, após a realização do procedimento, muitos erram na recuperação, tampouco reveem os antigos maus hábitos alimentares, cometendo os mesmos erros, o que muito possivelmente compromete os resultados.

Além de gerar o famoso “efeito sanfona”, que se trata basicamente da perda e ganho de peso logo em seguida, pode facilitar, também, o risco de infecções.

Pensando nisso, reunimos algumas dicas que potencializam os efeitos da cirurgia.

Confira abaixo!

Pós cirurgia bariátrica: o que fazer?

Para que você consiga atingir suas expectativas e não se frustrar depois de fazer uma redução de estômago, alguns pontos chave precisam ser considerados.

Veja quais são eles.

Mudança de mentalidade

Antes mesmo de pensar na alimentação, é preciso mudar a mentalidade.

É claro que cada caso é único, porém, é muito comum que pacientes bariátricos apresentem problemas psicológicos atrelado a comida.

Entender a razão por trás de hábitos alimentares ruins é essencial para superá-los.

Por isso, é recomendado que as pessoas que se submeteram a cirurgia tenham acompanhamento psicológico com profissionais qualificados.

Dessa forma, é possível realizar a mudança de mentalidade e encarar os alimentos com novos olhos, sem repetir erros passados que, como já mencionado, podem ser comprometedores.

Exercícios físicos

Outro ponto de extrema importância é quanto a realização de exercícios físicos. A prática regular deles é muito benéfica e possibilita o sucesso máximo da cirurgia.

É muito comum que nos primeiros três meses o paciente perca muito peso e no decorrer do tempo, o ritmo desacelere.

Trata-se de um processo natural de adaptação fisiológica.

Se não fosse desse jeito e a perda de peso fosse acelerada constantemente, os riscos de desnutrição, perda de massa óssea e infecções seriam muito mais graves.

Por isso, o papel da atividade física é tão relevante, pois proporciona a queima de calorias, mantém o metabolismo acelerado, aumenta a massa muscular, melhora o nível de açúcar no sangue e aliviam a sensação de estresse.

Vale lembrar que, antes de iniciar qualquer exercício, seu médico cirurgião precisa ser consultado, assim como um preparador físico capacitado.

Alimentação deve ser alterada para quem faz cirurgia bariátrica. Foto: Divulgação

Alimentação

A alimentação é, provavelmente, o principal fator a se considerar após uma cirurgia de redução de estômago.

O “efeito sanfona” costuma ser muito temido pelos adeptos do procedimento e realmente é uma preocupação, já que não só a aparência é prejudicada, como também todo o funcionamento do organismo.

A recomendação dos médicos e nutricionistas é seguir à risca a dieta passada, que evolui gradativamente.

Essas fases sucessivas precisam ser respeitadas, de forma que ocorra a adaptação do novo estômago.

Cada uma das fases tem orientações diferentes que destrincharemos a seguir.

Confira.

· Primeira Fase – Dieta líquida coada:

A primeira fase de adaptação de dieta após a bariátrica é a chamada dieta líquida coada, que dura cerca de sete dias após ser dada a alta do hospital.

As principais características são a pobreza de gordura e a ausência de açúcar, além da exigência de coar os líquidos mesmo após serem liquidificados.

São permitidos o consumo de água, chás, leite desnatado ou sem lactose, bebidas a base de amêndoas ou soja, água de coco, suco de frutas natural e sopa de carnes e legumes.

A ingestão de água deve ser fracionada, a cada dez minutos, no máximo 20 mL por vez, que é o equivalente a metade de uma xícara de café. Já as refeições podem conter 150 mL e devem ser feitas de sete a oito vezes por dia.

 

· Segunda Fase – Dieta líquida completa:

A segunda fase se difere da primeira, pois não se exige mais que os alimentos liquidificados sejam coados. A ressalva é que se precisa garantir que as preparações estejam bem homogêneas.

Ainda, pode-se incluir na lista de alimentos permitidos o iogurte light e a gelatina diet. Os fracionamentos continuam sendo os mesmos e a fase costuma durar do 8º ao 15º dia posteriores a alta hospitalar.

 

· Terceira Fase – Dieta branda:

Após o 16º dia e até o 30º dia da alta, inicia-se a terceira fase da dieta, chamada dieta branda.

Nesse momento, inclui-se na rotina o consumo de alimentos bem cozidos e amassados, como papas.

São permitidos iogurtes, leites, bebidas vegetais, sopas de legumes e carnes, peixes, purês de legumes e frutas sem adição de açúcar, frutas cozidas e gelatina diet. Também são necessárias de sete a oito refeições diárias, em volumes pequenos.

 

· Quarta Fase – Dieta geral:

Decorridos trinta dias da realização da cirurgia bariátrica, pode-se iniciar a quarta fase da dieta de adaptação.

Nesse momento, mesmo que se mantenha a recomendação da ausência de açúcar e da pobreza de gordura, podem ser introduzidos alimentos sólidos, mas bem cozidos e macios.

As sugestões são a inclusão de pão de forma, torradas, arroz, legumes, verduras, frutas, leites, bebidas vegetais, iogurtes.

E ainda: queijos cottage e ricota, requeijão light, carnes bovinas, aves, peixes, ovos mexidos ou poché, chás e sucos de frutas.

O fracionamento anterior é um pouco reduzido, podendo ser realizadas de seis a sete refeições diárias.

Atrelado a essas dicas, o consumo de bebidas gaseificadas, como refrigerantes e água com gás, bem como o de bebidas alcoólicas deve ser suspenso durante os seis primeiros meses após a operação.

A razão disso é que o gás proporciona uma sensação de estufamento e mal-estar, podendo ocorrer até mesmo náuseas e vômitos.

Depois da redução de estômago, os especialistas afirmam que o grupo alimentar mais importante é o das proteínas, que têm como função a construção e manutenção dos tecidos e a formação de enzimas, anticorpos e hormônios.

A quantidade mínima que precisa ser ingerida é de 60 gramas para as mulheres e de 80 gramas para os homens, que podem ser divididas entre proteína animal, que é mais completa, e proteína vegetal, com valor biológico moderado.

A suplementação de vitaminas também é imprescindível e deve ser mantida ao longo de toda a vida do paciente bariátrico.

Para saber mais cuidados, como por exemplo a realização de abdominoplastia pós bariátrica, é importante se informar com o cirurgião responsável pela cirurgia.

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