O lado psicológico do indivíduo contribui para o transtorno hipocondríaco. O acompanhamento com um profissional da área é a principal medida para sanar a doença
Muitas pessoas têm a sensação de estarem doentes pelo fato de alguém ter espirrado próximo ou por achar que está com algum tipo de doença grave. Esse quadro se agrava quando o indivíduo se automedica para tentar diminuir o mal-estar.
Uma simples dor de cabeça pode ser interpretada como um câncer ou uma tosse encarada como tuberculose, por exemplo. A forma exagerada de entender um sintoma é a principal característica de quem sofre com a hipocondria. Esse quadro gera nervosismo e faz com que o indivíduo tome remédios em excesso por conta própria.
Os primeiro indício de que uma pessoa está com hipocondria é a crença fixa que possui algum tipo de doença e começa a perceber sinais que não existem. O indivíduo se identifica com sintomas de outras pessoas e passa a acreditar que também está doente.
A doença aflige milhões de pessoas e se agravou com o advento internet. Os pacientes procuram os sintomas das doenças e já supõem estarem enfermos antes mesmo de procurarem um médico. Isso pode agravar uma hipotética doença ou até mesmo desencadear algo em alguém que está sadio, mas que possui transtorno hipocondríaco.
Segundo a psicóloga Patricia Gurgel, a insegurança é um fator que pode configurar o estado de hipocondria em uma pessoa. “Pacientes ansiosos e, principalmente, com transtorno de pânico, costumam apresentar hipocondria porque se caracterizam pelo monitoramento constante das alterações do corpo devido ao medo da morte”.
Atitudes compulsivas também são sinais do transtorno. A pessoa, na tentativa de evitar o mal-estar, passa a ter comportamentos repetitivos com o intuito de amenizar a ansiedade. Atos como verificar seguidas vezes se fechou a porta, repetir frases e gestos são algumas dessas maneiras.
A depressão é outro ponto abordado pela psicóloga que pode desencadear a hipocondria. “A falta de humor favorece o aparecimento deste comportamento. A pessoa fica sem energia e desmotivada, apresentando sintomas que ajudam na crença de que está doente, como tristeza e baixa autoestima, por exemplo”.
O lado psicológico do indivíduo contribui para o transtorno hipocondríaco. O acompanhamento com um profissional da área é a principal medida para sanar a doença. A pressão no trabalho e o estresse diário influenciam diretamente no estado do paciente.